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Mundo das coisas, pessoas, palavras e imagens


Um Peixe Chamado Wanda (A Fish Called Wanda). EUA/Reino Unido, 1988. Direção: Charles Crichton e John Cleese. Com Jamie Lee Curtis, John Cleese, Kevin Kline e Michael Palin.

Imagine uma bela mulher, seu amante, seu segundo amante e um gago que assaltam uma joalheria e levam milhões em diamantes. Depois do assalto bem-sucedido, o chefe da gangue é detido pela polícia, mas sem muitas provas. Para não ser trapaceado, ele deixa os diamantes escondidos. Começa aí um jogo de um querer passar a perna no outro e ficar com o produto do roubo. Some a esse grupo um advogado tipicamente inglês e sua esposa chata – numa Inglaterra formal, pontual e tão certinha, onde nada diferente acontece. Até agora... Temos aí os ingredientes de uma das melhores comédias do cinema.
Jamie Lee Curtis interpreta Wanda, amante de George (Tom Georgeson), e amante secreta do paranóico americano Otto (Kevin Kline). Já o gago assaltante é Ken (Michael Palin), que adora animais e cuida de um aquário em casa, onde o peixe mais bonito se chama Wanda. John Cleese faz o advogado Archie, casado com Wendy (Maria Aitken). Juntos, os dois levam uma vida de casados tão emocionante quanto... o carnaval em Curitiba.
Contratado para defender George, Archie se envolve com essa turma em uma série de situações inusitadas; bem exploradas pelo roteiro são as diferenças de comportamento entre o tresloucado-psicopata americano Otto e o gentlemen inglês Archie.
O roteiro, escrito por John Cleese e Charles Crichton, foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. É ótimo, trazendo personagens bem delineados e encantadores em situações que fazem você morrer de rir. Num elenco tão bom, quem levou a melhor foi Kevin Kline, premiado com o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante - embora todos no elenco sejam excelentes. Destaque para John Cleese e Michael Palin, dois ex-integrantes do grupo de humor inglês “Monty Phyton”. Jamiel Lee Curtis também está ótima como a sexy mulher envolvida com três homens - mas também “apaixonada” por US$ 20 milhões de dólares em diamantes roubados.
Méritos de sobra ao veterano diretor Charles Crichton (1910-1999), que dirigiu “Um Peixe Chamado Wanda” aos 77 anos de idade. De velha sua direção não tem nada: é leve, precisa e deixa os atores livres para exporem seus talentos. Ele havia dirigido alguns filmes na década de 50 e 60, depois passando a dirigir, principalmente, seriados para a TV. O veterano diretor voltou com vigor de adolescente e não é à-toa que ele foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor por esse filme, numa justa homenagem.

Cotação: êêêê (excelente)

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O Grande Ditador (The Great Dictador). EUA, 1940. De Charles Chaplin. Com Charles Chaplin, Paulette Goddard e Jack Oakie.

Charles Chaplin e Adolf Hitler tinham coisas em comum: ambo nasceram em 1889. Mais que isso, o vagabundo Carlitos se parecia muito com o ditador, porém só fisicamente. A doçura e humanidade de Carlitos contrastavam com o ódio e a brutalidade de um dos mais terríveis governantes que o mundo conheceu.
Chaplin, um dos principais nomes do cinema americano, realizou “O Grande Ditador” em 1940 – ano em que Hitler invadira e derrotara a França, e bombardeava pesadamente os britânicos, espalhando a guerra pela Europa. No filme, O ditador da “Tomânia” (Alemanha), Adenoyd Hynkel, é uma sátira direta a Adolf Hitler. Mas nem assim Chaplin deixava o humor de lado: sua imitação de Hitler é perfeita e hilária, com seus discursos tresloucados e sua pateticidade de um homem comum. São clássicas cenas como o ditador e seu balé com o globo terrestre, seus acessos de fúria e sua infantilidade junto ao ditador da Bactéria (leia-se Itália), Napoloni – cópia do ditador Benito Mussolini.
Nessa época entre-guerras, marcada por grandes crises, Carlitos é o barbeiro judeu que, após anos internado num hospital psiquiátrico em decorrência de um trauma da Primeira Guerra Mundial, volta à sua casa. Há uma ótima cena na barbearia, em que o barbeiro faz a barba de um careca no compasso de uma música clássica. Mas as coisas mudaram. No governo de Hynkel, os judeus são perseguidos na Tomânia e os policiais que deveriam manter a ordem fazem é aterrorizar a população. Como um visionário, Chaplin alertava ao mundo a loucura e tristeza que a guerra provoca na vida das pessoas.
O discurso final é uma linda ode à democracia, à liberdade e à urgência de não nos deixarmos viver sob governos cruéis.
Relembrando: tudo isso foi feito em 1940, quando a Alemanha caminhava para vencer a guerra na Europa. Chaplin mostrou que não cria nisso quando fez questão de ridicularizar a figura pessoal de Hitler e seu regime Nazista. Por isso, na minha opinião “O Grande Ditador” é um dos filmes mais corajosos da história.

Cotação: êêêê (excelente)

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Esta é a segunda parte das minhas aventuras em São Paulo... espero que gostem :) abraços a todos



Segunda-feira 29/10

O dia foi assim-assim. Era pra ser um dia decisivo, mas não foi. Tirei a segunda-feira para cumprir um dos principais objetivos da viagem: mostrar meu livro de RPG a editoras interessadas aqui em São Paulo. Modéstia a parte, considero-o um excelente trabalho, feito com bastante esmero e pesquisa. Sério mesmo. Dei um duro danado até deixá-lo do jeito que queria. Isso demorou 15 anos – só que não ininterruptamente, pois durante determinadas épocas priorizava outras coisas – como vestibular, faculdade e trabalho. Mas em épocas de férias, feriados, ou sempre que me vinha inspiração e vontade, desenvolvia meu material. Enfim, coloquei na mochila dois exemplares e fiz um mapa com o endereço de uma editora de RPG para lá mostrá-lo a um dos principais autores nacionais. Peguei o metrô e fui à luta.

Cheguei ao endereço às 11:30. O imóvel aparentemente estava fechado; bati na porta, toquei campainha e ninguém atendeu. Certeza eu tinha de que o endereço estava correto – apesar de não haver no imóvel qualquer indicativo do nome da empresa - mas fazer o quê? Minha sensação foi de desapontamento. Primeiro, porque imaginei muito como seria esse encontro: se eu realmente iria conversar com alguém da editora – que estão entre as maiores autoridades do Brasil quando em se tratando de RPG - , e como seria essa conversa; e como eu aproveitaria a oportunidade de apresentar meu trabalho. Será que ficaria nervoso demais? Quanto tempo me dariam? E, o que achariam, já que até hoje não mostrei o livro a ninguém?

Minha vontade foi desistir.

Mas não posso desistir tão fácil. Poxa, foram 15 anos para o material ficar pronto. Perguntei para os vizinhos (muito gentis comigo), e eles me disseram que o pessoal costuma ficar lá na parte da tarde e nos finais de semana.

Resolvi andar pelos arredores e conhecer um pouco mais da cidade, enquanto pensava no que fazer. Assim, “descobriria” São Paulo mais e mais, pelo menos até procurar um local bom para almoçar. Felizmente, encontro um Habib´s, ótima opção para um fast food. Muitas pessoas das redondezas vêm para cá, durante o horário de almoço do serviço.

Enquanto escrevo e como, dou um tempo para retornar à editora, ver se encontro alguém na casa. Mas ainda é cedo, não é nem uma da tarde. O ideal é esperar mais e, em torno de 14:30, voltar à editora, para ver se a sorte me sorri J.

E não é que sorriu? No caminho de volta à editora estava com poucas esperanças. Mas chegando lá, encontrei uma senhora no imóvel. Expliquei para ela o que queria, e ela chamou o pai de uma das principais autoridades em RPG do país. Fiquei meio sem graça, mas conversei um pouco com ele, e muito atencioso, me informou que o filho estava viajando, mas me passou o telefone do imóvel.

Bom, saí de lá com esperança, mas percebi que, para meu sonho se concretizar, precisava batalhar mais. Saio com mais dúvidas e sem nenhuma resposta. Culpa minha, pois faltou planejamento, coragem e confiança.

Mas continuei com minhas andanças... Passei boa parte do tempo no Shopping Paulista. Carregando o peso de dois livros nas costas, na mochila. No shopping, fui à livraria Saraiva e comprei mais dois livros: um sobre histórias de guerras e outro, em inglês, de listas, com os dez mais em vários aspectos. Lembra o Guinnes Book, só que esse livro me pareceu bem mais instrutivo que o Guinnes.

Quando cheguei no apartamento do meu irmão estava supercansado. O dia não foi fácil, foi de muitas andanças, mas de poucos resultados. Apesar de cansado, à noite tinha algo em mente. Quando estamos viajando, queremos aproveitar ao máximo nosso tempo. Fui então me encontrar com Rogério, um amigo de São Paulo, advogado, para conversarmos, e quem sabe assistirmos um filme da Mostra de Cinema de São Paulo e comermos e bebermos um pouco.

Marcamos de nos encontrar no shopping onde fica a livraria Cultura, próximo da estação de metrô Consolação, na Avenida Paulista. Era mais ou menos 20:30, Rodrigo havia saído do trabalho há não muito tempo. Decidimos dali ir a um bar/restaurante, acho que na Rua Frei Caneca. Lá bebemos uma cerveja que eu nunca havia bebido: stella artois. Muito boa.

A noite foi bem agradável. Para os padrões paulistanos, estava meio quente. Para mim, não.

Quando deu perto de meia-noite, pegamos o metrô. Rogério ia para a linha vermelha e eu para a azul, creio. Quando eu cheguei na estação Santa Cruz já passava de meia-noite. Como achei perigoso ir andando, a essa hora, até a casa do meu irmão, peguei um táxi. O taxista não foi mal-educado, mas poderia agir com cortesia.



Terça-feira 30/10

Separei a manhã para ir ao zoológico. Sempre gostei de bichos; na vez passada em que fui a São Paulo, perdi a oportunidade de visitar o zôo. Nessa viagem não iria deixar escapar a visita. Vou então ao zôo numa terça-feira de muito sol e calor – isso mesmo, sol e calor mesmo para os padrões de São Luís. Num dia como uma terça-feira, em que não é feriado nem nada, o zôo costuma ser mais vazio, daí dá pra ver com mais calma os bichinhos.

Também me bateu saudade de algumas pessoas de São Luís... vi que zoológicos são ótimos para você lembrar-se das pessoas (limpa o veneno!)

Enquanto aguardo no terminal o ônibus que leva do metrô Jabaquara ao zoológico, fico pensando na cidade de São Paulo e na minha querida São Luís. Aqui, pelo menos como turista, vi que o poder público funciona adequadamente – inclusive o municipal. Tá certo, Sampa é a maior metrópole da América do Sul e uma das principais do mundo. Aqui temos um transporte bom, metrô, ruas asfaltadas e quase sem buracos, com faixas de pedestres e indicações dos nomes nas esquinas, calçadas, praças arborizadas, parques, museus e centros culturais dos mais variados tipos. São Luís é muito carente de serviços públicos, principalmente daqueles de responsabilidade do município (embora o governo do Estado também deixe muito a desejar). Suas praças estão tomadas por lixo, capim alto e jardins sem cuidado, e por vendedores de lanches. As praças dão impressão de estarem sempre sujas, e nossas avenidas são pouco arborizadas. Grande parte das ruas tem asfalto de qualidade ruim ou está esburacada, além de serem estreitas e não terem calçada – por isso as pessoas costumam caminhar no meio da rua. Água dá dia sim, dia não, ou falta durante mais tempo. Enfim, se fosse listar seus problemas, perderia muito tempo.

Acompanhei daqui de São Paulo o resultado do segundo turno das eleições municipais de São Luís. Torço para que o candidato eleito, Edvaldo Holanda Júnior, faça uma boa administração e comece a reverter a situação difícil por que passa minha cidade, por causa de uma longa seqüência de péssimas administrações municipais e estaduais.

Ainda estamos muito longe, mas tomara que a classe política dirigente comece a trabalhar para de fato melhorar a cidade, e não apenas deixá-la como está.

O zoológico é um espetáculo. Ir ao zoo é um programa não só para crianças, mas também para jovens e adultos. Aliás, tinha várias turmas de crianças de vários colégios, acompanhadas por seus professores e alguns monitores do zoológico. As crianças menores iam todas de mãos dadas, para não se perderem – tão engraçadinhas. As mais velhas, de turmas mais avançadas, gostavam de aprontar e sair do grupo, mas logo recebiam esculacho da professora (bem feito!).

Alguns animais chamaram mais minha atenção: a tartaruga verde da amazônia (enorme), quatro aves (urubu-rei, condor, águia pescadora e harpia, todas lindas). Tinha ainda o casuar e o emu, duas espécies de aves australianas não voadoras, que em tamanho perdem só para o avestruz. O casuar, dizem, tem um gênio forte e é mal-humorado. Uma pena que só consegui ver um pedacinho dele, pois ele estava deitado entre as folhagens, provavelmente protegendo-se do sol.

Infelizmente, o elefante-africano não saiu da toca; não pude ver o maior mamífero terrestre. Os leões e a onça-pintada também ficaram escondidos. Vi felinos menores, mas não menos interessantes: a jaguatirica (linda, pouco maior que um gatão doméstico, mas bem selvagem) e o jaguarundi (este último parece mais um mustelídeo que um felino). Ah, sim, tinha a suçuarana, também chamada de puma ou onça parda, felino de dentes enormes. Nas américas, só é menor que as onças-pintadas. Mas vi o tigre siberiano e o maior dos carnívoros: o urso pardo, que vive nos Estados Unidos e Canadá. Vi só sua cabeça, enorme, e daí percebi porque eles de vez em quando devoram pessoas na América do Norte.

Consegui ver o lobo-guará. Ele parece um cão de pernas altas e finas. Mas é um belo animal.

O serpentário chama a atenção: cobras normalmente dão medo nas pessoas. Pra mim, sua beleza e mistério hipnotizam. Elas são tão camufladas com o ambiente que às vezes fica difícil localizá-las dentro do vidro, em meio a galhos e pequenos arbustos.

Não deu pra eu ver tudo do zoológico. O sol estava tinindo, e eu fui ficando cansado. Cheguei lá 09:30 e saí as 13:00. Fui encontrar com meu outro irmão, Thiago, que chegara a São Paulo às 10:30 e no momento se encontrava no shopping Santa Cruz.

Ficou combinado que eu iria até lá – onde tem uma estação de metrô – e daí iríamos bater perna pela 25 de março e pela Santa Efigênia. Ele já havia me alertado: “espera eu chegar, pra tu veres o que é andar”. Pernas, pra que te quero.

Descemos na estação São Bento, no centro da cidade, para daí irmos à 25 de março. Caminhamos e a primeira coisa que me chamou a atenção foi um sebo de lp´s, cd´s, dvd´s e blue-rays. Eu entrei, e comecei a escolher filmes, e meu irmão do lado de fora, esperando. Como eu demorava, ele entrou e ficou vendo algumas coisas. Sem contar locadoras, nunca havia visto tantos filmes fora de circulação à venda, a preços módicos. No fim das contas, levei o blu-ray de “O Grande Ditador”, de Charles Chaplin, e os dvd´s “A Lenda”, “Pai e Filha”, “Morangos Silvestres”, “A Doce Vida”, “Diário de uma Camareira”, “Nazarin” e “Um Peixe Chamado Wanda”. Tudo por R$ 150,00 – sendo que só “O Grande Ditador custo 1/3 desse total. Ainda tinha intenção de levar outros, mas, como ainda estávamos no início da jornada, e a grana curta, parei por aí.

Na Rua 25 de Março meu irmão parou mais que eu para olhar coisas. Ele estava interessado principalmente em comprar uma bolsa de marca, para dar de presente à esposa. E se interessou também em relógios, tanto que levou três. O ruim de comprar lá é que os vendedores entregam sua mercadoria em grandes sacolas pretas, que mais parecem saco de lixo. Daí, se você ver alguém na rua com uma sacolona dessas, preta, não tenha dúvida: o que tá lá é da 25 de Março. Ou, se você receber um presente tirado de uma sacolona preta, provavelmente ele foi comprado na 25.

(Ah sim, eu comprei duas bolsas lá, uma LV e outra MK)

Depois que encontramos o que Thiago procurava, nos dirigimos para a Rua Barão de Paranapiacaba – conhecida como a “rua do ouro”. Lá se vende jóias – jóias, não bijouterias - a preços mais em conta: é o que se diz. Lá ele compraria outro presente para a esposa.

Antes de chegarmos lá, avistei um outro sebo, mais voltado para livros que para coisas áudiovisuais. Além do mais, nem tinha mais interesse e paciência para comprar filmes, a essa altura. Nesse sebo encontrei algo que me encantou: um livro ótimo, chamado “GRANDES ACONTECIMENTOS QUE TRANSFORMARAM O MUNDO”. É um livro grande, encadernado, com ilustrações e impressão de qualidade, e estava em excelente estado, quase novo. Preço: R$ 35,00. Guardei-o na minha mochila, que já estava abarrotada com filmes.

Depois fomos à Rua Santa Efigênia, famosa por vender eletro-eletrônicos, coisas para computador, videogames, celulares, chips, pen-drive, i-pads... enfim, essas coisas de tecnologia. Daí meu irmão fez a festa. Comprou várias coisas, mas a principal foi o videogame Xbox360, para dar de presente às crianças. Sei não, mas eu acho que Thiago vai aproveitar mais o videogame que Bianca e Guilherme...

Na volta, pegamos o metrô e descemos na estação Santa Cruz. Eu com mochila e uma sacola, e meu irmão com duas sacolas. Na estação também tem o shopping Santa Cruz. Lanchamos uma pizza na praça de alimentação. Enquanto eu falava mal de Edgard, nosso outro irmão, para Thiago, eu derrubei meu refrigerante na mesa, no chão e nas sacolas pretas da 25 de Março e da Santa Efigênia. Thiago disse: “Olha, bem feito, isso é castigo! Castigo! Quem mandou tu querer falar mal dos outros? É isso que acontece”. E eu me lavei de rir... mas falei com uma das zeladoras do shopping a besteira que fiz. Ela foi supergentil comigo. Disse para eu não me preocupar, que isso acontece, e trouxe papéis e panos de limpeza.

Bom, marcamos com Alcânia de irmos jantar fora, em algum lugar. Nos encontraríamos no apartamento dela e de Edgard, que é perto do shopping  – perto para padrões paulistas; não para um ludovicense. Comparando, talvez, ir do metrô ao apartamento seria como andar do Tropical Shopping ao São Francisco.

E eu que já havia feito esse percurso shopping- apartamento, ida e volta, duas vezes num só dia, estava só o caial. Mas, lógico, dessa vez, como éramos dois, e estávamos cheio de sacolas, pegamos um táxi. A corrida deu R$ 10,50. Mas o taxista nem respondeu quando dissemos “boa noite”. Realmente, desisto dos taxistas paulistanos...



Quarta-feira 31/10

Bom, a quarta-feira seria uma repetição da terça-feira em vários aspectos. Eu e Thiago combinamos de ir ao centro de Sampa e à Rua Santa Efigênia, novamente, para passear e ele comprar algumas coisinhas que ficaram pendentes.

Mas havia duas grandes diferenças: 1) hoje era a véspera da defesa da tese do doutorado de Edgard; 2) no final da tarde meu pai chegaria em São Paulo, para a tese do meu irmão.

De manhã eu e Thiago saímos cedo para bater perna. Bom, no caminho, para variar, mais um sebo me chamou a atenção. Todos os livros custavam R$ 1,99. Além do mais, esse sebo era mais “sebo” que os outros que visitei. Era cheio de livros, amontoados em estantes, e com aquele cheiro de mofo e coisa velha. Lá devia ser o lar de milhões de traças. Thiago, que tem rinite alérgica, nem se atreveu a entrar.

Lá tinha muita coisa interessante, pena que não poderia demorar muito. Mas achei várias coisas que procurava: Almanaque Liza 1991, Almanaque Seleções 1970 (uma espécie de precursor do Almanaque Abril), dois pequenos livros de história chamados “A Guerra dos Cem Anos” e “Palmares – A Tróia Esquecida”, os dois de Sérgio D. T. Macedo. O que mais chamou minha atenção foi o livro “O Exorcista”, de William Peter Blatty. Dizem que o livro é muito bom – melhor que o filme, que também é muito bom. Coloquei na mochila os 6 livros e paguei R$ 12,00. Ah, sim! Lá ainda tinha o Guinnes Book de 1997. Um livrão grande, como todos da coleção. Eu já tenho as edições de 94/95/99/06/08/10. O de 1997 não ia acrescentar muita coisa em termos de leitura e conhecimento, mas, por R$ 1,99, valeria a pena adquirí-lo, ainda mais porque estava em bom estado. Eu não o levei porque já estava com as costas doendo de carregar mochila pesada e ficava imaginando mais esse peso nela e nas malas...

Depois era hora de Thiago ficar procurando coisas em lojas eu, esperando. Ele teve paciência comigo, tive paciência com ele, lógico. Ele parou numa ótima loja que vende relógios e peças de ouro e prata, como anéis, cordões, etc. Escolheu um bem bonito, de marca, e então me deu de presente um dos que havia comprado por R$ 25,00.

Na Santa Efigênia Thiago comprou jogos para o xbox (eu também né), cabos para isso, para aquilo, capa para i-pad, para smartphone, etc. Dessas coisas eu sou analfabeto de pai e mãe. Então, nem sei o nome das coisas que ele comprou. Mas não foram poucas coisas não. Tanto que chegamos com sacolas pretas no metrô Santa Cruz. Não fizemos o caminho Santa Cruz-Apartamento do meu irmão a pé; fomos novamente de táxi.

Chegamos, nós dois, cansados; havíamos saído de manhã e almoçado na rua. Almoçamos num self-service no centro, de comida boa e barata; Comer fora em São Paulo compensa mais que em São Luís.

Um pouco mais tarde, no começo da noite, Edgard foi pegar meu pai no aeroporto, em Congonhas. Amanhã era o grande dia: a apresentação da sua tese de defesa do doutorado, motivo que haveria de reunir nossa família em São Paulo.

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EM SÃO PAULO



Bom, o objetivo principal desse blog é falar sobre filmes. Mas, como, para fugirmos da rotina, às vezes viajamos, resolvi fugir também um pouco da rotina do blog. Nas minhas férias, viajei a São Paulo, e então contarei algumas coisas sobre a viagem. O relato está dividido por dias: aqui vai do dia 25/10 a 28/10, mas tem mais.



Quinta-feira 25/10

Vôo tranquilo de São Luís para Fortaleza, de Fortaleza para Brasília (consegui dormir quase todo esse trajeto, coisa rara...) e de Brasília para São Paulo. Além do mais, o vôo não atrasou. Saiu às 02:40 daqui da ex-aerotenda, e chegou em Sampa às 10:35. Palmas pra GOL, pontualíssima!!!

Problemas começaram quando fui pegar o táxi, no Aeroporto de Congonhas. Fui no quiosque, informei ao atendente o endereço para onde queria ir e ele me deu o recibo: R$ 23,00, mais R$ 2,50 por usar o porta-malas do carro para pôr bagagem (quê??? Tarifa de porta-malas??? Depois as pessoas reclamam quando pagam tarifa em banco...)

Nem fosse isso, ainda pagava mais R$ 2,50 pra pegar um taxista educado, se possível. Pois o tiozinho que me atendeu era a encarnação do mau-humor. Não tivemos uma única conversa durante o trajeto Congonhas-Casa do meu irmão. Nenhuma conversa amigável, diga-se. Pensava que ele me perguntaria de onde eu era, se já conhecia a cidade, que ele me contaria um pouco sobre sua vida, sobre coisas legais que rolam na cidade... mas nada. Nem o ar-condicionado do carro o tiozinho ligou.

Ele estava com o recibozinho contendo o endereço na mão. Rua tal, número tal... E não encontra o prédio. Perguntou se o endereço estava certo, digo que sim... Pressionado por ele, eu então ligo pra Edgard, ele me dá as referências. E o tiozinho com o carro parado, irritado, perguntando já pela terceira vez: “É esse mesmo o endereço?”. Eu disse “É sim, agora, não adianta o senhor ficar irritado, porque o endereço é esse, eu não tenho como saber.” Aí, depois, ele se tocou e viu onde tinha errado. Abel. Voltou um razoável percurso e chegou no prédio, dizendo: “é esse a porra do prédio, é porque ele é de esquina e nem dá pra ver o número”. Daí ele aciona o porta malas, eu dou o dinheiro pra ele e ele diz: “é só tirar as malas do carro”. Ok. Nem me deixar na porta do prédio o filho duma égua me deixou. Tive de andar uns 20 metros com mochila, duas malas e um isopor. Mas como eu sou educado, ao sair do carro respondi com um sorriso: “obrigado!”

Chegando no apartamento do meu irmão, que estava vazio (pois ele e a esposa estavam trabalhando, chegariam um pouco mais tarde), arrumei algumas coisas, tomei banho, esquentei um strogonoff e um arroz que deixaram pra eu almoçar e... lavei a louça. Não a louça que eu sujei, não só ela não; lavei todos os pratos, talheres e panelas que estavam na pia. E aí fui dormir com um sentimento de dever cumprido de hóspede.

Depois de uma boa sonequinha, Edgard e Alcânia chegaram. Enquanto Edgard ia ao dentista, eu e Alcânia iríamos passear no Parque Ibirapuera, que é pertinho do apartamento deles. Lindo o parque. Muitas árvores, lagos, cisnes, caminhos, quadras de esportes, brinquedos para crianças, muitos pedestres, corredores, ciclistas e skatistas.  O parque tem paisagens idílicas, que lembram imagens do “bosque de verdana”, do facebook. Ah, e tinha dois homens em posição de coito, beijando-se, esfreguando-se, mas vestidos de calça. Um em cima do outro. Nossa!!! Que vergonha!!! Aliás, nossaaaa, que coragem!!! Me deu vontade de ligar pro 190, pra PM. Mas deixei os pombinhos pra lá...

E não é que pouco depois apareceram mais dois pombinhos?! Pois é, sentados num banco. Um sentado no colo do outro, que estava de pernas abertas. Vestidos os dois, mas fazendo saliência, fazendo coisas que não se deve fazer em público.

Se eu fosse evangélico, teria orado para que Deus mandasse do céu um raio para fritar os casais, mas como não sou...

Mas tínhamos que nos apressar, pois mais tarde, por sugestão minha, iríamos ao teatro, assistir ao espetáculo “Priscilla, a Rainha do Deserto”. O filme é ótimo, o espetáculo também deve ser, todo formado por atores brasileiros, mas com várias músicas da Madonna. A produção é excelente, não tenho noção de custos de produção de um musical, mas creio que a quantia deva ter sido elevada. Mas valeu a pena, mesmo eu já tendo assistido ao filme umas quatro vezes. Achei ruim duas coisas: os atores cantaram pouco e músicas do Abba foram substituídas por músicas da Madonna.

O Teatro fica num shopping que parece uma torre de babel. Para chegarmos lá, fomos no Kia Soul da minha cunhada, com meu irmão dirigindo. Trânsito meio engarrafado, e eu remoído no banco de trás, sem ter a mínima noção de onde estava. Que bairro é esse? Que avenida é essa? O que funciona nesse prédio alto? E meu irmão sem a menor vontade de satisfazer minhas curiosidades. Eu tava parecendo cachorro sendo levado na carrocinha, sem saber que caminho seguia - mas pelo menos eu sabia aonde iria chegar e o que iria acontecer. Mas, enfim, chegamos ao shopping. O estacionamento dele é ótimo, fica no oitavo andar!!! E logo eu, que morro de medo de altura, ter que aguentar o carro  subindo uma pista estreita cercada de concreto a uns 50 metros do chão. Eu não tinha coragem de dirigir assim, rodeando um prédio elevado. O carro parecia o João subindo no pé-de-feijão. Então me deitei no banco de trás e esperei chegarmos ao estacionamento, para então me recompor.

Ah sim... a peça... pagamos cada um 60 reais pra assistí-la num lugar não muito nobre. E porque pagamos meia entrada. Mas, como já disse, vale a pena. Ainda não tinha caído determinada ficha em mim, ela só foi cair quando disse pro meu irmão que iria pagar o estacionamento. Ele disse: tudo bem, são R$ 13,00. O quê??? 13 reais??? Não é 2, nem 4... 13 reais??? Nossa... E tem gente em São Luís que reclama porque paga estacionamento de R$2,00 ou R$2,50 quando vai no shopping...

Sim, voltemos a questão da queda da ficha. Quando digo que “a ficha caiu” é porque percebi o que é ser classe “c” ou “d”... ai meu Deus, e eu que pensava que não era tão lascado assim... Se todo dia nessas férias for gastar tanto dinheiro em cada dia, terei que me vender pra pagar as contas da viagem (brincadeira!). Pois é, caiu a ficha de vez. Sou lascado mesmo. Não ando de ônibus, tenho carro 1.0, mas não dinheiro pra ficar assistindo espetáculos como “O Fantasma da Ópera”, “Cats”, “A Família Adams”, “Hairspray”, etc... CLASSE “C”. E nem pra gastar 13 reais com estacionamento.

Fico imaginando meus colegas de empresa que ganham mais ou menos o que eu ganho, mas que moram aqui em São Paulo. Se eu em São Luís faço malabarismo pra pagar todas as contas, os daqui, além disso, devem dar cambalhotas, rebolar no bambolê, engolir fogo...



Sexta-feira 26/10

De manhã eu durmi até umas nove horas da manhã, acho. Fui ver na internet a programação da Mostra de Cinema de SP. Como diz o Macaco Simão, cheio de filmes de países de línguas estranhas, com legendas em inglês e legendas eletrônicas em português. Essa parte de legendas eletrônicas eu não entendi o que é. Vou saber só quando assistir a um filme.

Fomos então almoçar aqui perto do apartamento. Comida boa, a R$ 31,99 o quilo. Comida melhor que a de restaurantes self-service com preço equivalente aos de São Luís.

Depois, me arrumei e minha cunhada me deixou próximo à estação de metrô Santa Cruz, onde também fica um shopping. Meu destino é a Avenida Paulista. Carregava comigo o caderninho de anotações do hot wheels onde, no meio, tem um mapa do metrô de São Paulo que imprimi da internet. Minha intenção primordial na Avenida Paulista: assistir a filme da mostra e ir na livraria Cultura. Foi aí que comecei a andar, andar, andar, mais que os apóstolos de Jesus quando iam pregar sua Palavra. Aliás, dentro da livraria Cultura é um mundo. São três andares de livros, revistas, Blue-rays, DVDs, CDs, LPs, PTs, PSDBs, etc. (ops, variei). Comecei pelo mundo dos DVDs e Blue-Rays. Ia e voltava. Carregava vários comigo. Perguntava aos funcionários preço, se tinha determinado filme que estava em minha lista do caderninho de anotações... todos foram muito atenciosos e gentis comigo, principalmente a funcionária Barbara. Resultado: comprei 1 blue-ray (2010: O Ano Em Que Faremos Contato), 2 dvds (Eles Vivem e A Epidemia, filmes de John Carpenter e Lars Von Trier, respectivamente), e um livro: “The Walking Dead” – livro este não recomendado para menores. Aiii que medo!!!

Uma pena não ter lá o filme “As Canções”, documentário bem recente de Eduardo Coutinho, que ainda não achei em nenhum lugar para vender. Mas lá tinha “THE KINGDOM”, filme de Lars Von Trier, de terror, feito para a televisão e que tem mais de 4 horas de duração. Um sonho de consumo meu. O problema é que ele é importado, leva 60 dias para chegar, é falado em dinamarquês e com legendas em inglês, e custa R$ 179,90. Mas se fosse legendado em português, eu juro que fazia o pedido.

Saí da livraria cansado. Aquele monte de livros me deixou estafado. Fui então conhecer a Rua Frei Caneca, transversal à Paulista. Andei até o número 916, onde fica a Boate “A Lôca”. Claro, era seis da tarde, não tinha nada lá.

Meu irmão me manda uma mensagem e pede pra, quando eu voltar, passar no Habib´s perto do metrô Santa Cruz e comprar 10 esfihas para jantarmos. Lá fui eu procurar o Habib´s. Ele ficava à esquerda, fui à direita. Quando percebi que era pro lado contrário, já tinha andado dois quarteirões.

O caminho em seguida era descer a Rua Pedro de Toledo, até chegar na Rua Dr. Bacelar e descer por ela. Bom. Fácil. O problema é que, eu deveria ter descido pela direita, mas desci pela esquerda. É quando me dei conta de que, se você vai em uma direção, sua esquerda é de um lado; se você está na direção oposta, sua esquerda é do outro lado. Ou seja, se pra vir você precisa dobrar à esquerda, para voltar você deve dobrar à direita. Básico. Qualquer jovem que tenha feito curso de escoteiro sabe disso. Essa falta de raciocínio básico aliada com desorientação me fizeram andar três quarteirões na direção contrária. E lá eu tive de voltar... com minhas pernas pedindo arrego. Eu, mochila nas costas contendo o livro, os filmes e um jornal da Folha de São Paulo, e nas mãos a encomenda do Habib´s.

Pelo menos, aqui existem calçadas, e calçadas niveladas – coisas que praticamente inexistem em São Luís. Por isso que em São Luís as pessoas andam no meio da rua: porque não existe calçada ou ela é anamórfica. Já andar no meio da rua aqui em São Paulo é irreal, irracional, porque as calçadas são ótimas.



Sábado 27/10

Sábado bem quente... mas menos quente que São Luís. Só que os paulistanos estavam reclamando bastante do calor. Pra mim a temperatura e a umidade estavam mais agradáveis que as de São Luís.

A manhã foi tranquila. Durmi bastante, nada aconteceu. Mas a tarde prometia: Corinthians x Vasco, estádio do Pacaembú, pelo brasileirão, na tribuna do estádio. Fomos eu, meu irmão e minha cunhada. O jogo começa às 16:20. Estacionamos longe do estádio, pra evitar problemas, e tivemos que caminhar um bom pedaço. Aí começou um martírio meu. Para explicá-lo, tenho que voltar pra São Luís...
                                                                                             
Antes de eu viajar, Domingas estava passando uma calça quando eu vi um tênis reebok no chão do quartinho. Perguntei pra ela de quem era esse tênis, e ela disse que era de Edgard e que ele tinha deixado lá faz tempo pra que o desse pra alguém. O quê?! Um tênis reebok dando sopa?! Pedi então pra Domingas dar uma limpada no tênis, já que eu o levaria na minha viagem. Ela antes me disse: “menino, esse tênis é velho, não presta mais”. “Que nada, é reebok, presta sim” – retruquei.

Bom, fui para o jogo com o reebok. Como disse antes, paramos um pouco longe do Pacaembú, para evitar as massas de torcedores. Estacionamos no Parque Buenos Aires, e então descemos do carro e começamos a caminhar. Com 50 metros, a sola do tênis começou a se soltar. Com 80 metros, a sola descolou completamente... E lá fui eu andando com “uma perna com 2cm a mais que a outra”. Quando vi a primeira lixeira, joguei a sola fora.

Chegando ao estádio, fomos bem recepcionados. A única vez que tinha ido a um estádio foi em 1995, no Castelão, assistir Fluminense x Cruzeiro pelo Brasileirão. Agora, 17 anos depois, volto a um estádio para assistir meu TIMÃO do coração jogando em casa. Pude ver meus ídolos do atual campeão brasileiro e campeão invicto da Libertadores: Paulinho e Ralf.

O Corinthians ganhou por 1x0, gol de Herrero, salvo engano, lá pelos 15 do segundo tempo. Mas o juiz deixou de dar 2 pênaltis para o Timão. Dava para termos vencido por mais... Mas enfim... é ótimo ir pra um estádio, ver um jogo ao vivo, sentir a festa da torcida – principalmente a corinthiana, que não tem igual.

Além do gol, os corinthianos do estádio vibraram com os dois gols do Internacional em cima do Palmeiras. Com a vitória do Internacional – e a derrota do Palmeiras, lógico - os porcos estão cada vez mais próximos da segunda divisão: “Vai cair porco! Vai cair porco!”

Perto do fim do jogo começou a chover. O juiz deu o apito final e Edgard e Alcânia me obrigaram a sair logo do estádio e a praticamente correr em direção ao carro. Imagina você andando rápido com um tênis sem sola, ou correndo? Logo minhas pernas, novamente, pediram arrego. Tanto correr quanto apressar o passo doía, cansava. Era eu que carregava minhas pernas, e não elas que me levavam.

Chegamos ao carro. Quando entro, a primeira coisa que vejo é a sola do sapato. Meu pai, eu não tinha jogado ela na lata de lixo??? Como ela pôde parar ali, dentro do carro??? A primeira sensação que me veio na cabeça foi  de medo do sobrenatural, do desconhecido. Eu juro. Me senti num filme de suspense. Sabe quando o personagem presencia algo estranho, e a câmera dá um zoom no seu olhar, e os acordes da trilha sonora vão para o alto??? Pois é, foi mais ou menos isso que aconteceu.

Só que logo o mistério foi resolvido. Olhei para o tênis e vi que os DOIS estavam sem sola. Uma das solas descolou antes de eu sair do carro e eu nem percebi.

Nisso que dá aproveitar coisa velha.

De noite, fui com o amigo Fernando conhecer um pouco da noite da Augusta e da Frei Caneca. Nos encontramos no metrô da consolação. Ficamos andando pelas ruas, vendo o movimento, conversando... daí fomos em um pequeno shopping e lá, vendo o que vi, eu não resisti: comprei uma camisa do Corinthians em sua loja oficial, “PODEROSO TIMÃO”. O time merecia, depois da tarde alegre que me proporcionou.

Lá no eixo Augusta-Frei Caneca o movimento noturno é grande. Você vê todo tipo de gente: homens, mulheres, gays, lésbicas, travestis, ricos, riquíssimos, pobres, gente bonita, gente feia, punk, tatuados, bêbados, lúcidos...

Nós paramos num bar e, como tantas pessoas, pedimos cerveja e ficamos bebendo na calçada e conversando. Foi uma noite boa.



Domingo 28/10

Cheguei no apartamento do meu irmão era 10 da manhã. Havia dormido num hotelzinho, entre a Paulista e a Consolação, não sei direito o local exato. Acordei umas nove da manhã, daí peguei o metrô e desci na estação de sempre, a Santa Cruz, que é a mais próxima do apartamento dele. Descendo a Rua Pedro de Toledo, parei numa padaria e comi um bolo de chocolate.

Então, tomei banho, comi mais uma coisinha e lá Edgard e Alcânia chegaram da freira. Mas hoje é dia de eleição, e eu precisava cumprir meu dever de cidadão e votar. Como voto em São Luís, tinha de justificar a ausência. Tudo tranquilo.

Aliás, o domingo foi tranquilo. Durmi boa parte da tarde. Para a noite, fomos a um restaurante de comida australiana chamado “Outback”. O menu: canguru à milanesa, coala assado e coelho cozido – imaginei. Que nada. Comemos de aperitivo cebola à milanesa e como prato principal costeletas de porco com molho barbecue. Básico. Pior que nem vi o crocodilo dundee...

Como foi idéia de Edgard e Alcânia ir a um restaurante australiano, perguntei pra eles: qual a capital da Austrália? Quantos habitantes tem o país?? Como se deu sua ocupação e sua colonização??? Bahhhhhh... nada deles responderem. Como você vai num restaurante de comida australiana, mas não conhece praticamente nada da Austrália? Me poupe.
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Um rapaz formado em Direito, estudante de História, que trabalha em banco e escreve livros de RPG".

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