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Mundo das coisas, pessoas, palavras e imagens



Avenida Paulista


"Tem momentos em que sinto
tanto a sua falta
que só consigo pensar
nas coisas que vivenciamos.
Ainda há pouco,
depois do almoço,
pus-me a recordar a Avenida Paulista.
O clima ameno, as pessoas a andar
eu como um só
tentando te encontrar
em meio à multidão.
Não conseguia.
Sobrava por assistir a um filme,
pensando que, quando terminasse,
finalmente te veria.                                               
Mas, procurando em volta,
nada, procuro então no celular,
a caixa de mensagens vazia.

Cruel essa Avenida Paulista
porque eram tantas as pessoas e
em mim ninguém reparava.
E pior, eu não via quem mais desejava.
Triste, minha mente em você
de pensar não cansava.
Foi aí que comecei a perceber
que o mundo era grande demais
que em meio àquele monte de gente
você me achou pequeno
e não me quis mais."


Mathias Nelson Faria dos Reis (2007)

Obs: se você ler, saberá que é de você que estou falando. Beijos.


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Em 2013, minha mãe completaria 60 anos de idade, se estivesse viva. Faz 25 anos que ela faleceu e deixou meu pai, a mim e meus dois irmãos. Faz poucos anos que escrevi esse texto.


À Cristina

“Certa vez, sonhei acordado um dia
e o velho casarão de meus avós renascia.
eu, minha mãe, meus irmãos, tios e tias,
estávamos todos lá, para minha alegria.
Na entrada, o inconfundível NF
– Nelson Francisco de Faria –
Informava a quem viesse
o patriarca daquela família.
Uma escada de cinco ou seis degraus se subia
até a porta, de madeira e vitrais, que abria
salão enorme, mais de trinta degraus de escada,
em cima os quartos e ampla sacada.
No café da manhã, almoço e janta a cozinha servia
aos catorze filhos com comida farta.
Não era fácil, minha avó precisava 
de grande serventia.
Nessa pequena ladainha
minha vó Mundica era rainha, minha mãe a mais bonita
risonha e alegre de suas filhas.
Tudo se reconstruía:
a felicidade, a escada, o escritório, o terraço...
não me canso de rever as histórias do sobrado
onde nasceu e cresceu Cristina, mãe minha,
a mais bela flor da família.
Tão especial, que logo aos trinta e cinco
teve que partir, não sem antes dar vida
a Thiago, Edgard e Mathias.
Tão querida, que após tantos anos de sua ida
ainda me emociono, transformo em poesia
essa mulher, sua mãe, o casarão, essa vida
tão bem vivida (vida-linda-vida).
Vivo, nesse momento, uma felicidade tardia.”


Mathias Nelson Faria dos Reis

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A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi o maior e mais destrutivo conflito militar da história. Todos temos informações sobre o conflito, eu coleciono várias. Mas informações de que tipo? De início, eu checava números sobre os exércitos, o tamanho das populações e o número de mortos de cada país, na guerra. Por exemplo, a Polônia, retalhada pelas tropas dos dois maiores monstros do século XX, Hitler e Stálin, perdeu 5 milhões de habitantes, algo como 15% da população do país. Os soviéticos tiveram mais de 20 milhões de mortos, os alemães, 7 milhões, os britânicos 450 mil, e a Finlândia, com apenas 3,5 milhões de habitantes, viu morrer 97 mil de seus cidadãos. Trata-se de números.
Vários de nós já viu imagens dessa guerra em fotografias e filmes, como as dos japoneses mortos e queimados após o ataque nuclear norte-americano e os judeus em campos de concentração, só pele, osso e sofrimento.
Mas foi lendo que eu senti o maior impacto da guerra. Estou lendo o livro “Inferno: O Mundo em Guerra 1939-1945”, de Max Hastings, editora Intríseca. Veja o trecho, um depoimento de uma enfermeira polonesa, pouco após a invasão da Polônia pelos nazistas:


“‘A procissão de feridos vindos da cidade era uma infindável marcha da morte. As luzes se apagaram, e todos nós, médicos e enfermeiras, tivemos de andar com velas nas mãos (...) era uma tragédia após a outra. Em um desses casos, a vítima era uma menina de 16 anos. Tinha cabelos dourados lindíssimos, o rosto delicado como uma flor, e seus lindos olhos azuis, cor de safira, estavam cheios de lágrimas. As duas pernas, até o joelho, foram reduzidos a uma massa sangrenta, onde era impossível distinguir osso e carne; ambas tiveram que ser amputadas acima dos joelhos. Antes que o cirurgião começasse, debrucei-me sobre aquela menina inocente para beijar a testa pálida, passar as mãos impotentes em seus cabelos dourados. Ela morreu, serena, do decorrer da manhã, como uma flor arrancada por uma mão impiedosa.’” (pág. 32)


Após tanto ler sobre o tema, foi aí que eu comecei, tardiamente, a perceber o significado da guerra.

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Um rapaz formado em Direito, estudante de História, que trabalha em banco e escreve livros de RPG".

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