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Mundo das coisas, pessoas, palavras e imagens



“Além da Linha Vermelha” (The Thin Red Line), dirigido por Terrence Malick, é um filme de guerra que concorreu a sete Oscar em 1999. Não levou nenhum – coisas da Academia que, no mesmo ano, premiou “A Vida é Bela” mas não premiou nem “Central do Brasil” nem Fernanda Montenegro. Mas “Além da Linha Vermelha” ficou gravado na minha memória, entre outras coisas, por suas canções polinésias e seu super-elenco. Vai aqui uma homenagem ao filme, retirada do youtube.



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A Cartomante. Brasil, 2004. De Wagner de Assis e Pablo Uranga. Com Deborah Secco, Luigi Baricelli, Ilya São Paulo e Silvia Pfeifer.


Filme é tão ruim que provoca riso involuntário


“A Cartomante” inspira-se numa obra de Machado de Assis, transposta para a modernidade. No filme, Rita (Deborah Secco) está de casamento marcado com o médico Augusto Vilela (Ilya São Paulo), até conhecer Camilo (Luigi Baricelli), amigo de infância do médico. Rita e Camilo logo se apaixonam. Em dúvidas sobre o que fazer, Rita se consulta com a psiquiatra Dra. Antônia (Silvia Pfeifer), ao mesmo tempo em que segue os conselhos de uma cartomante.

“A Cartomante” não é apenas um filme ruim, é MUITO ruim. Fica até difícil comentar uma obra assim, tão ridícula. É mais fácil explicá-la citando exemplos. Então vamos lá:

- A direção do filme é amadora – apesar dele ter dois diretores. Eles não possuem noção de plano, contraplano ou enquadramento, que são coisas básicas para qualquer cineasta. Primeiro exemplo: em determinados momentos, um personagem conversa de frente com outro. Filmando a face do que fala, vemos parte do braço e ombro da pessoa com quem está dialogando. Muda o interlocutor, o plano continua mal cortado, mostrando partes da roupa e braço, sem qualquer elegância. Segundo exemplo: perto do fim, o espectador vê a linha do alto da parede de uma sala torta... não porque ela não seja reta: não creio que a falha fora do arquiteto ou do engenheiro. Isso se dá é porque o enquadramento está torto, sem eira nem beira.

- A direção insiste em filmar o trânsito carioca em velocidade superaumentada para ligar um ponto a outro do filme e dar uma idéia do transcorrer do tempo. Isso ocorre umas cinco ou seis vezes. Quer dizer, usou-se um recurso que já é batido várias vezes, cansando o que já é cansativo. Assista “Eu Vos Saúdo, Maria”, do mestre Godard, e perceba como tal recurso em “A Cartomante” é utilizado sem eira nem beira.

- Em certo momento, Rita e Camilo se vêem pela primeira vez, e, para reforçar a idéia de “amor à primeira vista”, a câmera foca nos olhos dos dois. Recurso um tanto gasto, porém feito sem nenhuma classe, senso ou desembaraço. Já os momentos pretensamente tensos soam ridículos, sem “timing”, ou seja, sem eira nem beira.

- A direção de atores é péssima. A única atriz que parece levar o filme a sério é Déborah Secco, a menos ruim do elenco. Luigi Baricelli é fraco, mas até que se esforça. Ilya São Paulo e Silvia Pfeifer estão constrangedores. Mais constrangedora é a participação de Giovana Antonelli, que faz ponta como uma drogada neurótica. Sua atuação é piorada pela falta de noção da direção, que faz cortes rápidos sem eira nem beira.

- A história é tosca, desinteressante e furada. Qual o motivo, por exemplo, de Rita e Camilo terem medo de assumir sua paixão? O que impede Rita de terminar o noivado com o Dr. Vilela? Nada. A história de Machado de Assis se passava no século XIX, época em que os costumes eram muito diferentes, muito conservadores. E romper um noivado para namorar o amigo do noivo podia resultar, de fato, num escândalo. Mas aqui resulta em algo sem eira nem beira.

- A Trilha sonora é desconexa/disléxica. Ora toca kid abelha, ora música de boate, ora partirmos para a música clássica “Canon”, de Pachelbel, que já foi bem utilizada em “Gente Como a Gente”, mas aqui aparece sem eira nem beira.

Enfim, é ver pra crer. Assistindo, você verá o quanto “A Cartomante” é ruim de dar pena, pois uma imagem do filme valerá mais que mil palavras minhas.

Acho, ainda, que assistindo você vai encontrar vários defeitos que eu não apontei. Eu paro o texto por aqui, porque é cansativo. Assistir ao filme não o foi, foi até divertido. No fim das contas, seus realizadores terminaram por produzir uma comédia involuntária.


Cotação: Ä (ruim)


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"Nós que Nos Amávamos Tanto" é um dos meus filmes preferidos. Foi feito em 1974 pelo diretor italiano Ettore Scola. Aqui segue não um trailer, mas uma homenagem ao filme, que está no youtube. É uma forma de conhecer um pouco do espírito da película. Vale a pena.



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A Hospedeira (The Host). EUA, 2013. De Andrew Niccol. Com Saoirse Ronan, Max Irons, Jake Abel, Diane Kruger e William Hurt.

Fui assistir “A Hospedeira” sem saber que se tratava de um filme baseado no romance homônimo de Stephenie Meyer (Crepúsculo, Lua Nova, etc.), e que ela é a roteirista, junto com o diretor. Dei com os burros n’água.
No filme, a espécie humana está quase extinta, pois é dominada por alienígenas inteligentes que necessitam de um humano para sobreviver. Mas são seres evoluídos, bondosos, frágeis, que praticam a não violência e não destroem nosso planeta. Um deles, chamada “Peregrina”, ocupa o corpo da jovem Melanye, sem saber que ela ainda está viva e que deixou namorado e irmão mais novo com a promessa de retornar. No mesmo corpo, cohabitarão duas almas: a humana e a alienígena.
Nesse panorama foi inserido um romance pós-adolescente, de modo que a ficção científica desbanca para o romantismo e as escolhas da vida. Não, não se trata de preconceito ou falta de boa vontade com a criadora da saga Crepúsculo. É que seus diálogos são cheios de frases de efeito como “confio em você”, “cumprirei minha promessa”, “jamais te esquecerei”, etc., que tudo fica aborrecido e sentimentalóide, irritante, ainda mais numa estética que lembra as novelas da globo naquilo que estas possuem de pior (por exemplo, num quarto dentro de uma caverna, há um quadro pendurado, enfeitando). Quanto mais a história se desenrola, mais difícil fica engolir os limites da autora para a paixão, seja pela história sem pé nem cabeça, seja pela melosidade. 
Obs: duas almas, uma humana, outra alien, ocupando o mesmo corpo, mas apaixonando-se por rapazes diferentes, é o fim da picada.
Bem-feito pra mim, que fui assistir sem saber quem eram seus realizadores.

Cotação: Ä (ruim)

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Um rapaz formado em Direito, estudante de História, que trabalha em banco e escreve livros de RPG".

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