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Mundo das coisas, pessoas, palavras e imagens



"Pele de Asno", também chamado de "Princesa em Pele de Burro" (1970), é mais uma parceria entre o compositor Michel Legrand, o diretor Jacques Demy e a atriz Catherine Deneuve. Os três já haviam nos brindado com "Os Guardas-Chuvas do Amor" (1964) e "Duas Garotas Românticas" (1967) - dois dos melhores filmes que já vi.

Em "Pele de Asno", também musical, Catherine Deneuve faz o papel da princesa que faz de tudo para não casar com o próprio pai, o rei (Jean Marais). Um autêntico conto de fadas, com alguns toques modernos dados pelo diretor Jacques Demy. Destaca-se, como sempre, a fina elegância do diretor, dessa vez acompanhada por um humor, igualmente refinado.

Michel Legrand (1932), compositor e maestro, é autor de inúmeras outras trilhas para filmes, como as de "The Thomas Crown Affair", "Yentl", "Retratos da Vida", etc. Recebeu 13 indicações ao Oscar, ganhando 3 prêmios.

Compositor do primeiro time do cinema, conseguiu transformar até receita de bolo em música, como podemos ver no trecho a seguir, de "Pele de Asno". Genial!!!





Segue outro video, em que uma cantora, num programa de TV, canta um trechinho do "bolo do amor":


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Viagem ao Princípio do Mundo (Idem). França/Portugal, 1997. De: Manoel de Oliveira. Com Marcello Mastroianni e Jean-Yves Gautier. 95 min. Ator francês, de pai português, visita o vilarejo onde nasceu seu pai.

Neste filme, um ator francês, acompanhado de um velho diretor nascido em Portugal - Marcello Mastroianni - mais duas pessoas, aproveita a passagem pelo país para visitar o lugar onde seu pai nasceu e conhecer sua tia paterna.

O diretor se chama Manoel, e é claramente o próprio Manoel de Oliveira, interpretado por Marcello Mastroianni. Assim, as falas do personagem são claramente autobiográficas, mostrando um senhor no outono da sua vida discorrendo sobre a vida e a memória, particularmente a infância e juventude.

Manoel de Oliveira (1908-2015) dirigiu "Viagem..." já com quase 90 anos, tendo, entretanto, dirigido curtas até os 105 anos de vida. Longa vida dedicada ao cinema. O "Manoel" do filme tem consciência da velhice e da finitude da vida, e talvez por isso mesmo nutra uma paixão pelo que viveu e pelo que ainda viverá. Suas recordações e análises são simples, serenas, assim como o filme. Nada pomposo ou enigmático. Em certos momentos, o personagem, quando questionado pelos amigos, responde com um fácil sorriso e um "não sei".

O filme trabalha muito bem a história como memória e como mentalidade. Outro ponto a seu favor é a presença de Marcello Mastroianni, em seu último filme, quando já estava com câncer; pouco depois das filmagens, morreria aos 72 anos. Ele e Manoel de Oliveira são dois monumentos a ensinar sobre a serenidade da velhice e a beleza que é a vida.


Cotação: êêê (ótimo)
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O Divo (Il Divo). Itália, 2008. De: Paolo Sorrentino. Com Toni Servillo. 110 min.


"Il Divo" ou "O Divino" era o como alguns italianos se referiam a Giulio Andreotti (1919-2013). Andreotti foi várias vezes primeiro-ministro, ministro de várias pastas e um dos líderes da Democracia Cristã, que dominou a política italiana do pós-guerra até os anos 90.

Se para alguns Andreotti era "O Divino", para outros era "O Papa Negro", dadas as ligações com a máfia e com um assassinato - acusações das quais terminou inocentado. Fato é que Andreotti dominou a política italiana junto com seu partido, condensando o bem e o mal que a política traz - a complexidade que é o poder.


Paolo Sorrentino (A Grande Beleza) retratou Giulio Andreotti como um homem discreto, elegante, formal, inteligente e "de alguns gracejos". O diretor e roteirista não esconde sua admiração pelo personagem - ou pela política que ele fez. Andreotti é dedicado e íntegro no que faz; após tantos anos no poder e cargos públicos ocupados, sobreviveu incólume aos vários gabinetes e quedas de políticos que marcaram a política italiana do pós-guerra. Concentrou o filme no choque que foi a morte do ex-primeiro-ministro Aldo Moro nas mãos de grupos terroristas, em 1978, quando Andreotti era o primeiro-ministro do país, e na Operação Mãos Limpas que, no começo dos anos 90, investigou centenas de políticos italianos, entre eles o próprio Andreotti.

A sucessão de nomes e fatos prejudica um entendimento maior do filme - apenas quem conhece a história recente da Itália não se perderá em meio a tantos nomes. Mas "Il Divo" é muito bem filmado. Sorrentino inseriu no conservadorismo político, na máfia e no papado - ambientes perfeitos para uma trilha sonora clássica - músicas pop. De forma que a austeridade dos cenários, fotografia e iluminação e a ótima interpretação de Toni Servillo contrastaram muito bem com as inserções pop.

Cotação: êêê (ótimo)



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Quando somos jovens somos úteis para todos aqueles que estão à nossa volta; passamos a ser amigos, colegas e amores de toda uma vida. Porém o amor será reconhecido quando você não for útil para aquela pessoa que por inúmeras vezes necessitou de você. Como será se porventura suas mãos não puderem segurar com firmeza um simples talher para se alimentar, quando suas pernas não responderem aos seus comandos?

Hoje você tem sido útil?  Você tem dado importância à sua juventude?  Tem amado mesmo entre atritos? Tem feito de sua passagem aqui na Terra uma utilidade? Você tem se doado ao próximo como Cristo fez?  Do que adianta ter amigos hoje, se eles não irão existir no momento de sua inutilidade? Do que adianta dizer que ama, se você não irá demonstrar esse amor quando aquela pessoa precisar de você?

Falo a você filho(a); a Bíblia é bem clara quando fala: "Honrar pai e mãe." Isso é amar quando eles não puderem te acalentar, não puderem secar suas lágrimas, não puderem te dar carinho. É na velhice que você saberá que mesmo inútil, ainda será amado. Mesmo sem forças, será carregado nos braços e poderá ouvir: "eu não quero que Deus te leve agora, quero cuidar de você por muitos anos". Você tem sido útil?  Tem ouvido, dado seu ombro como apoio?  Se não, é uma boa hora pra mudar, enquanto se é útil, pois depois de nada adianta.

Venicius Fonseca

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Um rapaz formado em Direito, estudante de História, que trabalha em banco e escreve livros de RPG".

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