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Mundo das coisas, pessoas, palavras e imagens



Liga da Justiça:



Os super-heróis dos quadrinhos e filmes devem muito à dialética. Isso porque só podemos pensar num super-herói na medida em que pensamos num super-vilão. Isto é, em alguém que gera grande ameaça e medo, impõe grandes desafios, a postos de provocar uma hecatombe geral. Do que serviria, por exemplo, ao superman todos aqueles poderes se não houvesse necessidade de utiliza-los? Melhor dizendo, necessidade de exterioriza-los, para exultação geral? De que serviria ser um “homem de aço”, emitir raio laser, voar, etc., se quem está do outro lado são ladrões de galinha ou estelionatários do tipo mais vulgar?
Então, cria-se um grande vilão, capaz de destruir a civilização. Mais brilhante e imponente o super-herói será quanto maior for o desafio de que deva dar conta.
Quando pensamos no Batman, por exemplo, pensamos no Coringa, Pinguim, Charada, etc. Como pensar nos garotos da Caverna do Dragão – que não são “super” - sem pensar no Vingador ou em Tiamat? Ainda mais: o que seria da Maria do Carmo sem a Nazaré Tedesco ou da Maria do Bairro sem a Soraya Montenegro?
Super-vilões, assim, são fundamentais para que super-heróis tenham sucesso.
M. Night Shyamalan captou muito bem essa dialética em Corpo Fechado, quando cria um vilão à procura de um super-herói, que seja seu oposto.
E faltou isso à Liga da Justiça: um grande vilão. É o mesmo problema principal de Vingadores: Era de Ultron. Reuniu-se a nata dos super-poderosos mas faltou um vilão bom. Em Liga da Justiça, Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman e Flash reúnem-se para enfrentar o Lobo-das-estepes. Ele é um extraterrestre – estranho um ser extraterrestre chamar-se “lobo-das-estepes”, já que o lobo é nome de algo da Terra. No Brasil mesmo, não poderíamos ter lobo-da-estepe porque não existem lobos em nosso país, e nem estepes. Assim, mais improvável ainda é haver alguém em outro planeta com esse nome. Mas, enfim, esse é o vilão, que quer reunir três caixas de poder para conquistar a Terra.
Só o superman sozinho dá conta do Lobo-das-estepes, bem concebido visualmente, mas vazio de atos de maldade, objetivos e poderes, que são essenciais para um bom vilão. Por outras palavras, não é praticamente invencível, não aterroriza (como o Terminator do primeiro O Exterminador do Futuro) e nem é sádico (como o Coringa).
Os seus capangas são uns homens-abelhas sem graça, e, devido provavelmente à censura, o filme não tem nenhuma cena forte.
Tá. Podemos dizer que todos nós somos super-heróis no nosso cotidiano, pois temos que nos rebolar para pagar nossas contas, aguentar o vizinho, criar filhos, etc. Mas não é o caso, porque os super-heróis fazem parte do fantástico, do imaginário, da ficção.
Tanto que as melhores partes do filme são as que fazem esse link real-fantástico. A melhor é quando o pós-adolescente Flash pergunta ao Batman:
- Qual o seu superpoder?
- Eu sou rico, responde o Batman, curto e grosso.
Lembrei-me da Carolina Ferraz, na novela Beleza Pura, de 2008, em cena antológica, gritando: EU SOU RICA! RICAAAAA!


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Um rapaz formado em Direito, estudante de História, que trabalha em banco e escreve livros de RPG".

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