Filmes
assistidos em julho de 2017
Extraordinary:
The Stan Romanek Story:
It
– Uma Obra-prima do Medo (1990):
Alligator
– O Jacaré Gigante:
Dungeons
& Dragons 3 – O Livro da Escuridão:
Dungeons
& Dragons 2 – O Poder Maior:
O
Exterminador do Futuro: Gênesis:
Verônica
Mars – O Filme:
O
Quarto de Jack:
A
Invasão 2:
Super
8:
Festa
da Salsicha:
Balanço
Geral
O
mês de julho, mês das férias, é tradicionalmente fraco em lançamentos de
qualidade. Isso porque as produtoras deixam para lançar filmes de maior apelo
infanto-juvenil nessa época, em que crianças e jovens estão de férias escolares,
para faturar mais na bilheteria. Daí os cinemas põe em cartaz filmes de ação/aventura
e desenhos animados, gêneros aos quais não sou muito afeito.
Mas
julho foi, para mim, um mês produtivo em termos de filmes. Todos eu vi em casa,
alguns deles pela Netflix. Os dois filmes que receberam pior cotação foram “O
Exterminador do Futuro: Gênesis” e “A Invasão 2”. Duas continuações, a primeira
de 2015 e a segunda de 1998; a primeira de grande orçamento, a segunda de
orçamento pífio. As continuações até que poderiam ser interessantes, mas se
mostraram desnecessárias e estão relegadas a sombras de seus originais. “Terminator”,
1 e 2, são clássicos, dirigidos e roteirizados por James Cameron, e depois dele
a franquia decaiu muito – muito mesmo. Já o primeiro “A Invasão” é, dentro de
suas limitações, ótimo. Foi lançado em 1996, mesmo ano de “Independence Day” e,
comparado a ele, “A Invasão” tem menos exagero e patriotismo.
O
melhor do mês, que recebeu três estrelas, foi “It – Uma Obra-prima do Medo”.
Mas calma, não é “It – A Coisa”, versão que será lançada agora, em setembro...
É o filme de 1990, feito para a TV, baseado no livro de Stephen King. Claro, o
interesse de assisti-lo surgiu depois de ver o trailer na nova versão. O
resultado – do filme de 1990 – parece fiel ao autor: importância da infância e
pré-adolescência, das amizades e de não esquecermos que, nessa época, fazemos
nossos melhores amigos. Esse tema foi, aliás, a marca de “Conta Comigo”, de
1986, excelente filme também baseado em obra sua.
Em
“It...” percebe-se a capacidade inventiva de Stephen King, numa adaptação justa
para sua obra. King, mestre dos livros de terror, é extremamente prolífico e
inventivo. Suas obras são volumosas, densas, verdadeiros tomos. É incrível sua
facilidade para escrever e criar. Na versão de 2017 o terrível palhaço
Pennywise é interpretado por Bill Skarsgard; em 1990 Tim Curry se saiu
glorioso. Aliás, Curry é excelente ator, nunca recebeu o reconhecimento que
merece, lembrando que ele fez o cientista Frank N. Further em “The Rocky Horror
Picture Show”. A ver se “It – A Coisa”, 2017, fará jus ao autor. A expectativa
é boa.
“Verônica
Mars – O Filme” é a versão para o cinema da série sobre a adolescente detetive,
que vive futricando a vida das pessoas, descobrindo segredos e resolvendo
casos. No filme, dez anos depois, ela volta à sua corrupta cidade natal para
ajudar um ex-namorado acusado de assassinato.
Passar
para o cinema uma série não é fácil, pois é preciso condensar em duas horas
toda uma história. E em “Verônica...” se nota essa dificuldade, pois o filme
ficou apressado e sem maiores atrativos. Não dá como dar conta de todo um
ambiente, um clima de uma série, em pouco tempo. Não dá para ter a mesma
empatia com a personagem, que é possível ter numa série.
Assisti
Dungeons & Dragons, ou D&D, saudoso das minhas sessões de RPG. Os dois
filmes são interessantes, fiéis ao jogo, ao contrário do primeiro, do ano 2000,
que tem pouco ou nada de RPG além do título. São um bom passatempo.
“Festa
da Salsicha” me decepcionou, pois esperava algo realmente transgressivo, que
rompesse com a estética e roteiro das animações ocidentais. No fim das contas,
sua história segue os padrões, a despeito de ter cenas de sexo entre alimentos
e muitos palavrões. “O Quarto de Jack” também decepcionou; afinal, o filme
recebeu várias indicações ao Oscar, incluindo melhor filme e diretor, e ganhou
o Oscar de melhor atriz. Achei a atuação de Brie Larson muito boa, mas nada
excepcional; excepcional o desempenho do garotinho Jacob Tremblay. Mas sejamos
justos em reconhecer que o papel da mãe que é mantida sequestrada por sete
anos, e tem um filho com o sequestrador, é difícil. A história é fictícia e baseia-se
em alguns casos reais de mulheres mantidas em cárcere privado, algumas com
filhos com o sequestrador, que foram ao mundo em várias partes do mundo, como
EUA, Áustria e mesmo aqui no Maranhão. Levada com seriedade e distância pelo
diretor, é um filme sem exageros, sem grandes viradas ou tensões, e foca na
normalidade da moça e da sua dificuldade – espantosamente maior que a de seu
filho – de seguir uma vida normal, depois que foge.
“Alligator”
foi um filme que marcou minha infância. Algumas cenas ficaram: o filhote de
jacaré que é lançado aos esgotos pela descarga do vaso sanitário; o amigo do policial
que é alcançado pelo crocodilo quando eles tentam abrir a tampa de um bueiro,
nos esgotos; o menininho vendado que, na festa de aniversário, é empurrado do
trampolim de uma piscina e devorado pelo crocodilo; o milionário velho que morre
dentro do carro destruído pelas pancadas do crocodilo. “Alligator” é filme B,
sim, mas roteirizado por John Sayles e estrelado por Robert Forster, dois nomes
que fariam muito sucesso dos anos noventa em diante.
Já
“Extraordinary...”, disponível na Netflix, é o único documentário que assisti
no mês de julho. Fala sobre Stan Romanek e suas experiências com ET’s. Exceto
por um ou outro momento, achei o filme um tédio, e suas “evidências” passíveis
de fraude. Pelo menos nos instiga a conhecer um pouco mais o assunto.