Crítica de Filme: Transcendence - A Revolução




Transcendence - A Revolução (Transcendence). EUA/Reino Unido, 2014. Direção: Wally Pfister. Com Johnny Depp, Rebecca Hall, Paul Bettany e Morgan Freeman.


Maior problema do filme é que quanto mais quer parecer sério, menos se torna crível


"Transcendence" tem um ponto de partida muito parecido com o de "Lucy", lançado no mesmo ano: até que ponto a mente humana pode se expandir? E quais as conseqüências de uma expansão ilimitada da consciência?

Só que Wally Pfister não é Luc Besson. Este sabe onde quer chegar com seu filme. Já aquele dirige muito mal o roteiro que lhe deram. A todo momento se atrapalha, sem saber se investe mais em ação, drama ou ficção científica. "Lucy", do francês Luc Besson, vai direto ao ponto em que pretende chegar: daí seu filme cresce à medida que o espectador acompanha. Com "Transcendence" ocorre o contrário. Se o início é até promissor, à medida que vai passando fica mais difícil de engolir sua história, em que o Dr. Will Caster (Johnny Depp), antes de morrer, tem sua consciência transposta para um mega-computador. Daí a ele querer moldar a realidade à sua maneira é um pulo.

É ver pra crer nos absurdos e furos do roteiro. Cito dois. Tem uma organização terrorista que é contra a inteligência artificial, sem mais nem menos; que utiliza canhões antiquados para combater uma superestrutura que ameaça a humanidade, quando uma situação assim poderia contar com aviões e bombardeios, ou seja, todo o aparato governamental.

Enfim, se os diálogos pausados, pomposos e a câmera lenta de "Transcendence" tentam dar um ar de seriedade, o efeito que se dá na tela é o oposto: cada vez mais risível fica o filme. Luc Besson foi esperto e competente, fazendo um filme curto, sem firulas - e muito melhor.

Cotação: Ä (ruim)

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1 comentários

  1. Wally Pfister tem uma longa carreira como fotógrafo dos filmes de Christopher Nolan e o thriller. Este thriller de ficção científica mais de 100 minutos, eu gostei. Transcendence é um filme estranho e muito futurista que eleva a curto prazo um futuro muito sombrio para toda a humanidade. A coisa interessante sobre este filme é o debate e o dilema moral que surge quando se discute os limites da ciência e tecnologia. Transcendênce é o primeiro filme que fez Wally Pfister, diretor de fotografia de quase todos os filmes de Christopher Nolan.

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