Minha Religiosidade



Fui batizado, tenho madrinha e padrinho. Fiz a Primeira Comunhão. Segui os ritos católicos, mas nunca fiz a Crisma. Não costumo ter a bíblia sempre à mão, mas sempre me socorro a ela nos momentos difíceis, em que mais preciso de ajuda e sabedoria.

Antes de ser católico, sou cristão. E antes de cristão, tenho fé em Deus e em Jesus Cristo.

Só que nem sempre me sinto próximo a Ele numa igreja, ouvindo o padre, seguindo os ritos da missa, cantando louvores. A Igreja para mim é antes uma construção humana, tanto fisicamente, quanto no conteúdo.

Me sinto mais próximo do Senhor quando vejo suas obras. Quando contemplo a beleza do pôr-do-sol, ou o vai-e-vém das ondas na praia, ou a infinitude do oceano.

Também sinto Sua presença quando vejo pessoas desamparadas e desvalidas. Crianças com necessidades especiais, que nasceram com doenças, deformidades como hidrocefalia, por exemplo. Sei que tem alguém que olha para elas, e esse alguém é Deus. Elas não estão sozinhas nem nessa situação por acaso. Ele cuida delas, olha por elas.

Não tenho como compreender porque Ele age assim, não tenho essa capacidade. Apenas posso sentir. Sinto também Sua presença quando penso na minha mãe, que faleceu aos 35 anos, deixando marido e três filhos, um de 10, outro de 9 e eu, com 7 anos. Posso perguntar o porquê, mas a resposta que me vêm é apenas uma sensação...

Sinto que Ele cuida também dos animais que criou, como cachorros de rua que foram atropelados e agora mancam, gatinhos e cãezinhos sem os pais, que apenas miam e latem. Mas, para mim, Deus está com eles. Saber disso me conforta.


















Essa é minha forma particular de sentir-me mais próximo a Deus. Em contato com suas obras, com suas criaturas, interagindo. Em 2014 fui ao zoológico de Brasília, e lá me senti reconfortado. Ver a estátua de São Francisco de Assis, e aqueles animais todos, sua simplicidade - Deus lhes proveu com tudo de que precisam - me deixou mais feliz e otimista com a vida. Trouxe uma paz. Acho que assim conseguimos nos livrar da mesquinharia do cotidiano e chegar mais perto Dele.

  

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1 comentários

  1. Mathias, que relato sensível de alguém que absorve do universo a energia que emana do Criador! Ele está em todas as coisas e nas relações que estabelecemos com sua criação. Abraços!

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