Críticas-pílula: Os Demônios (1971)
Os Demônios (The Devils). EUA,
1971. De Ken Russell. Com Oliver Reed e Vanessa Redgrave.
"Os
Demônios" é um filme a ser redescoberto, depois de mais de 40 anos. Ele se
baseia em fatos reais, ocorridos na França do Rei Luís XIII e do cardeal
Richelieu, do começo do século XVII, tomada por guerras religiosas entre
católicos e huguenotes.
Grandier
(Oliver Reed) é o sedutor padre da cidade de Loudun, França, protegida pela
majestade da perseguição católica contra os protestantes. Até que a madre
superiora do convento, Madre Joana dos Anjos (Vanessa Redgrave), acusa o padre
de possessão demoníaca e bruxaria e uma histeria coletiva se abate sobre as
irmãs ursulinas.
A
temática histórica é semelhante à de "Madre Joana dos Anjos", filme
polonês de 1961 que retrata freiras possuídas. O grande contraste entre os dois
filmes está no tom dado à história. Ken Russel conferiu um tom espetaculoso a
"Os Demônios", com ênfase no discurso denunciativo e político contra
a Igreja; já "Madre Joana dos Anjos" é bem mais austero e intimista.
O uso das cores, maquiagem e figurino nos filmes - vívido no primeiro e
preto-e-branco e discreto no segundo - é um claro sinal da distinção.
É
assistir os dois e daí ver que tipo de cinema mais lhe agrada.
Cotação: êê (bom)
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