Crítica de Filme - Star Wars: Episódio VII: O Despertar da Força



Star Wars: Episódio VII — O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII - The Force Awakens). EUA, 2015. De J. J. Abrams. Com Harrison Ford, Carrie Fisher, Adam Driver, John Boyega e Daisy Ridley. Trinta anos depois, a Primeira Ordem enfrenta rebeldes, que procuram por Luke Skywalker.






A Primeira Ordem nazi-facismo, tamanha a falta de sutileza do diretor — renasce das cinzas do Império, enquanto o jedi Luke Skywalker está desaparecido quando os rebeldes mais precisam dele. Para salvar a galáxia, novos heróis surgem: o stormtrooper Finn (John Boyega), a catadora de lixo "com-um-quê-de-jedi" Rey (Daisy Ridley) e o robô BB-8. Do "lado negro da força" aparecem o Supremo Líder Snoke e o jedi Kylo Ren (Adam Driver), filho de Hans Solo e da agora general Leia.

A volta dos personagens Hans Solo, Leia e Luke Skywalker interpretados por seus atores originais ajuda esse "Episódio VII...", mas não faz milagre. Uma pena o desempenho ruim dos novos atores e a mão pesada de J. J. Abrams, novo "dono" da franquia. Os novos atores não disseram a que vieram — principalmente Daisy Ridley, tão expressiva quanto uma jogadora de handebol das olimpíadas. Culpa, talvez, do fato dos novos personagens não serem bem desenvolvidos; mas que há falta de interpretação, há.

J. J. Abrams, co-autor do roteiro com Lawrence Kasdan, erra tanto no desenvolvimento que sua direção mais evidencia as falhas do roteiro que as mitiga: situações previsíveis, seqüências de ação criadas apenas para vender games, diálogos sem inspiração e piadas sem graça dominam. Quando muito, o filme ri de suas próprias origens, quase numa auto-paródia, como nas cenas do Hans Solo de Harrison Ford e seu companheiro Chewbacca.

Vilões e mocinhos se enfrentam, o Império massacra inocentes, uma nova e mais poderosa "Estrela da Morte" é criada, tudo na filosofia da Força Jedi. Nada de novo. Tudo num ritmo rápido, passável e ligeiramente piorado, como aquela pizza entregue num fim de feriado à noite, às pressas.

Se os dois episódios posteriores vão ajudar a pontear os muitos buracos desse, não dá pra dizer. Mas aqui a saga Jedi parece ter chegado no fundo do poço, embora há sempre quem queira cavar mais, quando tenta sair do buraco. Resultado: ao invés de escapar, atola-se  — como a nossa presidenta à beira do impeachment.

Cotação: ê (regular)

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