Críticas-pílula: O Homem das Trevas
O Homem nas Trevas (Don't Breathe) EUA,
2016. De Fede Alvarez. Com Stephen Lang,
Dylan Minnette e Jane Levy.
O
plot é interessante. Três jovens e inexperientes assaltantes resolvem assaltar
a casa de um velho cego e rico, achando que será moleza. Ledo engano.
O
problema é que a boa idéia inicial cai na realização padrão dos filmes de
terror norte-americanos recentes. O diferente se torna comum e pouco nos
surpreende (apesar das muitas tentativas).
Contribui
para isso os perfis desinteressantes dos jovens assaltantes e o desempenho sofrível
do elenco. Além do mais, o ritmo rápido não ajuda a refletir sobre o que
acontece e nem cria uma atmosfera aterrorizante, claustrofóbica. Em suma, o
filme é conduzido pelo uruguaio Fede Alvarez (da refilmagem "A Morte do
Demônio", de 2013) de forma presa, padrão.
Antes
de assistir ao filme pensei tratar-se de algo como "Um Clarão Nas
Trevas", filme de 1967, em que Audrey Hepburn faz a mulher cega que é
aterrorizada por gângsteres em seu apartamento, que acreditam lá estar
escondida valiosa droga. O grande momento do filme é quando a luz do lugar é
desligada, e a frágil e cega mulher se vê, enfim, em condições de enfrentar
seus algozes de igual para igual. Só que, claro, com o drama e suspense de 1967
alterados para suspense e terror, isto é, algo mais pesado. "O Homem nas
Trevas" não cumpriu a expectativa que nele depositei — sabe-se lá porque o
fiz — e decepcionou.
Cotação:
(regular)
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