Crítica de filme: A Caverna (2005)



A Caverna (The Cave). Alemanha/EUA/Romênia, 2005. De Bruce Hunt. Com Cole Hauser, Eddie Cibrian e Lena Headey. Ação/ Ficção Científica/ Terror. 97 min. Caverna lacrada por igreja é encontrada na Romênia. Trinta anos depois, um grupo de exploradores de cavernas profissionais chega ao lugar.

 
Este “A Caverna” repete vários clichês de filmes de cavernas e criaturas, terror e sci-fi. Começa com uma direção pesadíssima sobre a Romênia comunista do início dos anos oitenta, depois apresenta seus personagens fitness que falam inglês e daí parte para a ação, com mergulhadores explorando a caverna junto com cinegrafistas e cientistas, numa equipe multidisciplinar. Logo eles descobrem criaturas humanóides perigosas, e, enquanto procuram uma saída do lugar após um desabamento, um a um vai sendo morto. Não há no filme coisas que te remetam a surpresas. Temos o líder; a cientista; o galã; o patrocinador da expedição; as “descobertas” sobre o lugar, etc. Mesmo as criaturas são comuns, sem nada demais na concepção, maquiagem e efeitos especiais.

Os personagens não são bem desenvolvidos e, mesmo sendo um filme de 2005 – quer dizer, já com 12 anos – não traz nada de novo ou que justifique sua realização. Por mais chato que seja dizer isso, e por melhor que seja a intenção da produção, roteiro, direção e elenco, trata-se de um filme desnecessário, comum.

No mesmo ano foi lançado “Abismo do Medo”, filme em que grupo de amigas resolve explorar uma caverna e se depara com dificuldades para sair e com criaturas monstruosas. “Abismo do Medo” fez sucesso, é um autêntico filme de terror com realização superior ao do gênero, que explora seus personagens, te dá uma sensação de claustrofobia e medo e te leva a questionamentos que um bom filme pode proporcionar. Comparando, o maior problema de “A Caverna” é justamente não ir além da mesmice, seja no roteiro, seja na execução.


Cotação:

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