Crítica de filme: A Casa dos Mortos (2015)
A Casa dos
Mortos (Demonic).
EUA / Reino Unido, 2015. De Will Canon. Com Maria Bello e Frank Grillo. Terror / Suspense. 83 min. Cinco jovens
procuram espíritos em casa onde ocorreu massacre duas décadas atrás. Novas
mortes acontecem e policial e psicóloga passam a investigar.
O
filme é obscuro e péssimo. Várias coisas depõe contra ele. É melhor enumera-las
para que se tenha uma ideia:
- O elenco é péssimo. Maria Bello e Frank Grillo são astros “B” que caíram ainda mais de nível. Os atores que fazem os jovens são piores ainda – com a vantagem de ainda serem jovens e terem mais tempo para aprender. O pior deles é o que mais aparece: Dustin Mulligan, que interpreta John – o mocinho que tem pesadelos com a mãe, única que sobreviveu ao massacre ocorrido na casa.
- O plot, de jovens que vão a um lugar mal-assombrado com equipamento para detectar o sobrenatural, não traz nada de novo.
- O detetive chamado às pressas para o caso, interpretado por Frank Grillo, passa o filme todo dando ordens aos policiais, do tipo: coletam o sangue e descubram de quem é; quero que fechem as estradas num raio de 500 km até encontrarmos a pick-up; quero as imagens desse computador em duas horas, etc. É tão ridículo que parece uma cópia de CSI ou uma paródia do detetive que Tommy Lee Jones fez em “O Fugitivo”.
- Nenhuma ideia é coerentemente desenvolvida. Assim como a história toda se passa numa noite ou duas, o filme deve ter levado esse tempo para ser filmado.
- O clímax final – que o espectador aguarda para saber quem cometeu os assassinatos – é tão malfeito e apressado que ele talvez se pergunte: “mas que ***** é essa?”
- O filme traz como atrativo ser produzido por James Wan, de “Jogos Mortais” (2004) e “Invocação do Mal” (2013). Não caia nessa pegadinha: quando um filme propagandeia “produzido por”, seguido pelo nome de um diretor, em 90% das vezes é uma bomba. Talvez porque seu produtor achou a história tão fraca que não quis dirigi-la...
- Arrecadou apenas US$ 3 milhões.
Enfim, é o típico filme que mancha a reputação de todos os envolvidos.
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