Crítica de filme: Jack - O Matador de Gigantes (1962)
Jack - O Matador de Gigantes (Jack The Giant Killer). EUA, 1962. De Nathan Juran. Com
Kerwin Mathews, Judi Meredith e Torin Tatcher. Aventura / Fantasia. 94
min. Jack precisa salvar a princesa de Cornwall do feiticeiro Pendragon.
Assisti
“Jack – O Caçador de Gigantes” (2013) na TV e fiquei insatisfeito com o
resultado. Normalmente sou cético em relação a refilmagens e “licenças poéticas”
em histórias tradicionais, coisas que Hollywood vem fazendo muito: “João e
Maria: Caçadores de Bruxas”, “A Garota da Capa Vermelha”, “Os Irmãos Grimm” e “Van
Helsing – O Caçador de Monstros” estão aí para me contrariar e lembrar que tudo
pode ser reinventado.
O
filme de 2013 é uma releitura da clássica história de “João e o Pé de Feijão”, muito
bem produzida, que diverte, mas sem personalidade. Busquei então, algo
anterior, não contaminado pela falta de imaginação atual em Hollywood. Eis que encontro
o filme “Jack – O Matador de Gigantes”, de 1962.
Efeitos especiais de antes do surgimento da CG
A experiência serviu para me mostrar que o antigo não necessariamente é melhor. Esperava uma boa aventura, mas dei com os burros n’água. Sua ingenuidade é sua única qualidade. “Jack...” de 1962 é sofrível, independentemente de considerarmos a defasagem dos efeitos especiais. O elenco é fraco, a cenografia de papelão risível e pior ainda a desenvoltura das cenas de ação. A impressão é que não houve preocupação em refazer cenas, para ficarem melhores. Ficaram do jeito que deu; não foram refeitas, enfim, não se tentou um pouquinho de perfeccionismo. Como se um mocinho, uma princesa, um garotinho, um bruxo, alguns animais e efeitos especiais de massinha dessem, por si só, num bom filme... num filme cativante, sim, mas não necessariamente bom.
Tanto
amadorismo que o vilão diz “saia do meu caminho” quando não há ninguém à sua
frente; que a princesa sai da cabine do barco e se preocupa em fechar a porta,
quando, logo antes, um dragão arrancara o teto!
Quem
não se preocupar com esses detalhes vai se divertir à beça.
Cotação:
0 comentários