Crítica de filme - Planeta dos Macacos: A Guerra
Planeta
dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes). EUA, 2017.
De Matt Reeves. Com Andy Serkis e Woody Harrelson. Ação / Ficção Científica. O
grupo dos macacos tem que lidar com exército de homem impiedoso.140 min.
Esse
é o terceiro filme que acompanha a saga iniciada com Planeta dos Macacos: A Origem, de 2011. Ela explica o que pode ter
acontecido antes do filme de 1968, isto é, como os macacos passaram a dominar o
planeta e escravizar os humanos, lá pelo ano 3.978.
Tudo
começa com experimentos humanos, levando os símios a ter um outro tipo de
inteligência. César é de todos o macaco mais inteligente e as circunstâncias o
obrigam a revoltar-se contra os humanos. Logo foge com outros macacos e funda
uma civilização do outro lado da Golden Gate, ao tempo em que a humanidade – ou
seja, os Estados Unidos – são dizimados por um vírus símio. César torna-se líder
dos macacos e ainda que evite ao máximo, trava guerras com os humanos.
Assim,
nesses três filmes de 2011, 2014 e 2017, acompanhamos a evolução dos macacos.
Os dois primeiros filmes são bons, inventivos, mas, neste terceiro, a fórmula
parece mais gasta. Um dos seus maiores defeitos é ser sentimentalista: sim,
sabemos que os símios têm emoção, são quase humanos – não é à-toa que no filme
de 1968 reproduzem nossa civilização humana. Mas haver sentimentalismo é
diferente de ser sentimentalista: cada vez que um macaco demonstra emoção,
afeto, sobe a trilha sonora, a câmera fica lenta e há close nos rostos. São
fórmulas padrões que nem sempre funcionam ou mostram-se adequadas. É o caso
aqui, em que roteiro e direção forçam a barra para mostrar a humanidade dos
símios e a desumanidade dos humanos. Para ilustrar, temos os repetidos sonhos
que César tem com Kuba, o macaco que no segundo filme odiava a espécie humana:
tudo para reiterar a ideia de que os macacos tem mente, tem sentimentos, tem
crises de consciência. A ideia de que “macaco não mata macaco” e de que os
seres humanos, ainda que acuados e quase extintos, continuam a guerrear entre
si, é forte e não requer excessos para se impor.
Planeta
dos Macacos: A Guerra,
repetiu a história do filme predecessor, de 2014. Não gerou algo novo. O que
fez foi estendê-la. Tanto que os subtítulos são muito parecidos: “o confronto”
e “a guerra”.
Cotação:
1 comentários
Assim como muitas continuacoes, houve um desgaste no enredo, é como se o roteirista nao soubesse aonde ir e nem o que fazer.Abusa-se de efeitos especiais, deixando o filme em determinados momentos, um tanto artificial. Acredito que por causa disso houve um apelo sentimental muito grande. Se houvessem focado em.outra linha que nao fosse o sentimentismo e fosse focado a guerra que é travada pelos humanos, com certeza o filme poderia ser melhor.
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