Poema - À Cristina
Em 2013, minha mãe completaria
60 anos de idade, se estivesse viva. Faz 25 anos que ela faleceu e deixou meu
pai, a mim e meus dois irmãos. Faz poucos anos que escrevi esse texto.
À Cristina
“Certa vez, sonhei acordado um
dia
e o velho casarão de meus avós
renascia.
eu, minha mãe, meus irmãos,
tios e tias,
estávamos todos lá, para minha
alegria.
Na entrada, o inconfundível NF
– Nelson Francisco de Faria –
Informava a quem viesse
o patriarca daquela família.
Uma escada de cinco ou seis
degraus se subia
até a porta, de madeira e
vitrais, que abria
salão enorme, mais de trinta
degraus de escada,
em cima os quartos e ampla
sacada.
No café da manhã, almoço e
janta a cozinha servia
aos catorze filhos com comida
farta.
Não era fácil, minha avó
precisava
de grande serventia.
de grande serventia.
Nessa pequena ladainha
minha vó Mundica era rainha,
minha mãe a mais bonita
risonha e alegre de suas
filhas.
Tudo se reconstruía:
a felicidade, a escada, o
escritório, o terraço...
não me canso de rever as
histórias do sobrado
onde nasceu e cresceu
Cristina, mãe minha,
a mais bela flor da família.
Tão especial, que logo aos
trinta e cinco
teve que partir, não sem antes
dar vida
a Thiago, Edgard e Mathias.
Tão querida, que após tantos
anos de sua ida
ainda me emociono, transformo
em poesia
essa mulher, sua mãe, o
casarão, essa vida
tão bem vivida
(vida-linda-vida).
Vivo, nesse momento, uma felicidade
tardia.”
Mathias Nelson Faria
dos Reis
1 comentários
Lindo poema!!! Emociante demais!!! Parabéns!!! Você é um cara abençoado e com certeza sua mãe sente orgulho de você!!! Merece muitas coisas boas em sua vida bem como pessoas especiais ao seu lado!!! :)
ResponderExcluir