501 Desastres Mais Devastadores de Todos os Tempos

501 Desastres - O Desastre


"501 Desastres Mais Devastadores de Todos os Tempos" (São Paulo: Editora La Fonte, 2012) faz parte de uma coleção que abrange vários temas, indo de vinhos a invenções. Coleções com listas são típicas dos ingleses e norte-americanos, mas fazem sucesso no mundo todo.

Não que este livro seja de todo ruim; livros de listas como ele sempre acrescentam um pouco de conhecimento e uma visão diferente de velhos fatos históricos. Ou então, nos apresentam coisas de que nunca tínhamos ouvido falar.

Os textos são curtos e objetivos. Poderiam ser um pouco maiores e assim trazer mais informações, bastava melhorar a formatação dos parágrafos e reduzir o tamanho das fotos que ilustram cada tópico.

A tradução é ruim. Palavras como "leste" e "oeste" são confundidas. Certos termos fazem rir. No capítulo "Desastres Ambientais", um dos tópicos cita a "Devastação da Mata Atlântica", e a fotografia mostra uma vista aérea da mata atlântica no Paraná, Brasil.  Mas não, não trata o tópico sobre a devastação da Mata Atlântica brasileira. Acho que o termo correto - ou seja, o que os autores querem dizer - é a devastação das florestas tropicais, como dá facilmente para deduzir da leitura da página.

Em "Desastres da Saúde", um tópico chama-se "Catapora Entre os Índios Americanos", que matou milhões de ameríndios desde a chegada de Colombo à América, em 1492. Ué, não foi gripe e varíola, trazida pelos europeus, que mataram milhões de índios e facilitou a destruição dos Astecas e Incas? CATAPORA???!!!


ANGLOCENTRISMO

"501..." é, também, muito anglocêntrico. O mundo do livro gira ao redor da Grã-Bretanha. Pelo menos 75% dos desastres nele mencionados ocorreram ou no Reino Unido, ou nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia - nações surgidas da colonização branca inglesa. A "Terra da Rainha" é certamente a nação mais presente, com o superdimensionamento dos eventos que lá ocorreram.

Um exemplo: no capítulo "Desastres Naturais", há um tópico chamado "Enchente do Tâmisa". Ocorrida em 1928, a enchente do rio que corta Londres deixou 14 mortos e algumas pessoas feridas, além de prejuízos materiais. Claro que uma tragédia é sempre uma tragédia, não importa; mas num olhar mais objetivo e apurado, essa certamente não merecia estar numa lista das mais devastadoras de todos os tempos. Os autores sequer mencionam o terremoto ocorrido em Achkhabad, no Turcomenistão (então União Soviética), que em 1948 matou mais de 100 mil pessoas; o da Cidade do México, em 1985, sentido por 20 milhões de pessoas e que matou pelo menos 10.000;  pior ainda, esqueceram o furação Mitch, que, em 1998, devastou vários países da América Central - principalmente Honduras e Nicarágua - causando 18.000 mortes. Foi um dos mais fortes de todos os tempos. De tragédia natural nesse mesmo ano de 1998 o livro se ocupa das "Enchentes no Texas", que provocaram 31 mortes e sobre a qual "o presidente Clinton declarou que o evento fora uma catástrofe de grandes proporções e ofereceu auxílio federal". Né?!

Ignoraram, também, as explosões terríveis nas galerias de esgoto de Guadalajara, México, em 22 de abril de 1992, em que o número oficial de mortes foi de 206, mas estima-se que tenham atingido mil. Eu era criança, tinha 11 anos na época, mas as imagens da tragédia e da destruição da cidade me marcaram muito.

Pois é, nós, latino-americanos, definitivamente não podemos esperar muita compaixão dos autores, pois eles sequer demonstram saber os desastres que nós, "cucarachos", passamos... Ou, se sabem, acham que os exemplos que citei foram pouca coisa, que é melhor morrer num desastre desses que passar a vida toda lutando contra a miséria...


UFANISMO INGLÊS

Irritante tanto como é o ufanismo anglo-saxão exacerbado, deixando o livro menos isento ainda - ao contrário do que se costuma esperar de livros de listas, em que o leitor quer ver uma multiplicidade de opiniões.
"Dêem glória aos ingleses, ainda que se distorça fatos históricos" - deve ter ordenado o editor chefe, provável fã de Churchill.

No capítulo "Conflagrações Desastrosas", um tópico cita como desastre devastador a "Blitz de Londres" (pág. 174). Ela ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, de setembro de 1940 a junho de 1941, quando Hitler mandou bombardear a Grã-Bretanha e 20 mil pessoas morreram, somente em Londres.

Cita o autor:

"Foi uma experiência coletiva, sofrida por todo o Reino Unido - embora tenha sido Londres, a capital, a que mias (sic) sofreu."

Continuando, na mesma página:

"Talvez a blitz de Londres seja a demonstração perfeita do ditado 'aquilo que não mata, fortalece.' Ela forjou uma lealdade inabalável entre estranhos e produziu uma determinação coletiva indômita para derrotar Hitler (...)

A morte e a destruição tomavam conta de tudo, mas as cidades da Grã-Bretanha jamais se acovardaram. Sua resistência, especialmente a dos londrinos, se tornaria uma lenda."

Ora, cavalheiros, Londres tinha mais de 5 milhões de habitantes quando da Segunda Guerra Mundial. 20 mil morreram em 9 meses. Sabemos que foi terrível, mas incontáveis cidades sofreram mais na guerra. Vejamos 4 exemplos:

1. São Petersburgo, segunda cidade da União Soviética, com 5 milhões de habitantes, perdeu mais de 1 milhão de civis durante o cerco alemão à cidade, que durou 900 dias. Morreram nos combates, de frio, de doenças e, terrivelmente, de fome. Quando a comida escasseou os moradores da cidade recorreram aos cavalos, cães e gatos para se alimentar. Quando estes desapareceram, recorreram ao canibalismo.

2. Varsóvia, capital polonesa, teve seus habitantes trucidados. Sua população caiu a 1/3 do que era antes da guerra, de 1,3 milhões para 400 mil.

3. Stalingrado (atual Volgogrado) foi palco do mais selvagem duelo no teatro europeu da guerra. Hitler e Stalin disputaram o controle da cidade, numa briga de egos gigantes. Não sobrou quase ninguém na cidade pra contar a história. Hoje a cidade tem 1 milhão de habitantes.

4. Nanquim, capital da China até a Segunda Guerra Mundial, foi palco do infame Massacre de Nanquim, ou Estupro de Nanquim. Tropas japonesas conquistaram a cidade em 1937 e fizeram tudo de ruim que se pode fazer com uma população. Pelo menos 150 mil civis foram mortos.

Não esqueçamos que quem derrotou Hitler foram, primordialmente, os soviéticos, não os ingleses. A César o que é de César, meus caros!

O "Bombardeio de Dresden", tópico da página 177, relata o desastre ocorrido na cidade alemã, próximo do fim da guerra, quando a maré da guerra virou e os nazistas estavam próximos da derrota. Ele se deu nos dias 13 e 14 de fevereiro de 1945, e pode ter deixado 100 mil mortos, quando os aliados bombardearam a cidade. Nas palavras do autor:

"A Real Força Aérea (RAF - Royal Air Force) havia muito seguia uma política de bombardeio por área, tomando cidades inteiras como alvo a fim de destruir o moral civil - da mesma forma que os alemães haviam feito no início da guerra (um ataque reduziu Coventry a ruínas, destruindo sua catedral medieval). Na tentativa de obter um nocaute final, a RAF decidiu fazer de Dresden um exemplo - justamente a 'Florença do Elba' barroca, o orgulho da Alemanha..."

"O Incêndio foi planejado; 773 bombardeiros de Lancaster alternaram explosivos fortes (com o intuito de abrir telhados, paredes e janelas) com milhares de pequenas bombas incendiárias e fosfóreas (...) Milhares morreram sufocadas nos porões, pois a atmosfera ficou sem oxigênio..."

Foi como se a própria alma da Alemanha tivesse sido queimada e arrancada - o mesmo que a Inglaterra sentira depois do ataque a Coventry. Mas o ataque não era uma vingança. A destruição de Dresden foi um golpe psicológico planejado. Por mais terrível que tenha sido, ele encurtou a guerra."

Não foi uma vingança??? Bom, os ingleses fizeram com a cidade alemã o mesmo que estes haviam feito com Coventry. Pagaram com a mesma moeda, mas com muitas milhões de libras a mais. Mas não foi vingança companheiros, ressaltam os autores para que fique claro... tratou-se apenas de um "golpe psicológico planejado". Ingleses não se vingam.

O que é um golpe psicológico planejado? Pra mim, parece uma vingança, um prato que, como diz o ditado, se come frio. Se assim não for, "fazer ao outro o que ele fez comigo", o velho "olho por olho, dente por dente", para um inglês, não significa vingança.

Além disso, a destruição da cidade de Dresden não encurtou a guerra. Ela só terminou em agosto, seis meses depois, quando os soviéticos chegaram a Berlim e Hitler se matou. O que de fato encurtou a guerra, no front oriental, foram as explosões atômicas em Hiroshima e Nagasaki, que fizeram com que os japoneses se rendessem incondicionalmente. Então, ME POUPE SALGADINHO!


NEOCOLONIALISMO

Os autores ingleses acham que a melhor coisa que pode acontecer com um povo é ser colonizado por eles. No capítulo "Desastres da Saúde", tópico "Fiji: Uma Epidemia Trágica", fica latente o colonialismo saudoso.

Começa assim o tópico (pág. 202):

"O destino pregou uma peça cruel nos habitantes de Fiji. O arquipélago havia acabado de sair guerras intertribais terríveis em 1874 e esperava um futuro próspero e tranqüilo sob o governo colonial britânico..."

Fiji é um país da Oceania, que possui hoje mais ou menos 875 mil habitantes. Em 1875, 40 mil pessoas morreram em decorrência de sarampo (será mesmo?!) - 1/3 da população do país. Essa é a prosperidade e tranqüilidade da colonização britânica...

Mas tem mais:

"Uma semana depois, os ilhéus começaram a sofrer com o que para eles era uma misteriosa nova doença. Apesar dos protestos dos administradores britânicos, as tribos montanheses não puderam ser dissuadidas das suspeitas de que estavam sendo vítimas de magia negra (...) cada vez mais hostis, os ilhéus recusaram-se a se submeter ao tratamento convencional para o sarampo, tentando combater a febre com banhos em rios gelados..."

Você percebeu algum preconceito, ou sentimento de superioridade, nesse texto?

Hoje, os habitantes de Fiji tem uma razoável qualidade de vida, mas o país tem sua vida política e social tumultuada pelos conflitos étnicos entre os fijianos nativos e os milhares de indianos, levados para trabalhar no país pelos... britânicos.

No capítulo "Desastres Humanitários", temos tópicos interessantes que mostram o que os autores acham da relação entre a Grã-Bretanha e as suas colônias.

O tópico "Fome em Bengala" relata a morte de 10 milhões de pessoas de fome na Índia, que passou a ser colônia britânica na época. O ano foi 1770.

Para os autores, a britânica Companhia das Índias Orientais tem apenas parte da culpa pelo sofrimento dessas 10 milhões pessoas. Parte porque outra parte da culpa é dos próprios governados, como se depreende do texto à página 405:

"...Quando a perda parcial da safra de 1768 levou ao racionamento de comida em 1769, a Companhia demonstrou pouca solidariedade pelo sofrimento dos camponeses. Os bengaleses são um povo engenhoso e que não gosta de se queixar; eles não protestaram, e a Companhia presumiu de bom grado que estava tudo bem quando, na verdade, grande parte da população já estava subnutrida."

Pouca solidariedade? Nenhuma, cá entre nós. Além disso, só parte da culpa foi dos ingleses.. eles acham que tem que parcela de culpa nessa fome catastrófica? 10%, será? Afinal, segundo o livro, concorreu para a fome a "engenhosidade" dos bengaleses, seja lá o que queiram dizer. Se eles houvessem reclamado, não teria havido fome, certo? Me poupe, isso é conversa pra boi dormir! Os ingleses arruinaram a indústria de tecidos indiana.

Como se pode perceber, os ingleses não economizam eufemismos quando falam de tragédias criadas por eles mesmos. Corrobora isso a existência das seguintes palavras em negrito, no texto abaixo:

"A  maioria das pessoas acredita que a terrível fome de Bengala foi causada não apenas pela escassez de chuvas, como também pela ignorância da administração britânica que, em vez de tomar providências para o enfrentamento da seca prevista, proibiu o estoque de provisões e aumentou os impostos pagos pelos fazendeiros, acrescentando um fardo extra a quem já estava em uma situação extrema."

Para melhor entender o texto acima, três explicações:

1. Maioria das pessoas: isto é, nem todo mundo acredita que os britânicos tenham sido os responsáveis.

2. Ignorância da administração britânica: quer dizer que a fome não resultou de uma ambição desmedida por lucros, da espoliação dos colonizados, e que nem foi intenção deliberada dos ingleses fazer seus colonizados passarem fome... longe disso. Então, foi só isso: simples ignorância. Os ingleses não sabiam o que faziam, não foram bons administradores! Perdoa-os, Pai, pois não sabem o que fazem!

3. Aumentou os impostos/acrescentando um fardo extra: isto é, arrancou o couro de quem já não tinha nada.

Mas, quando se trata de colônias de outros países, o pensamento é outro. Isso fica claro ao analisarmos o tópico "Genocídio dos Hererós e Namaquas".

Os hererós e os namaquas são dois povos que habitavam a Namíbia, no sudoeste da África, que foi colônia alemã até o final da Primeira Guerra Mundial, quando então passou para os ingleses. Entre 25 e 100 mil hererós e 10 mil namaquas foram mortos pelos alemães entre 1904 e 1907, sendo que os restantes foram vendidos como escravos para fazendeiros alemães. Uma tragédia, um genocídio, sim, mas vejamos a análise do colonialismo alemão:

"No final do século XIX, no auge do expansionismo territorial, as nações européias competiam entre si na 'disputa pela África'. A Alemanha conquistou uma presença formidável no 'continente negro', com ambições fundamentadas numa filosofia paternalista e deturpada de eugenia e racismo, incluindo noções de 'sobrevivência do mais forte'..."

"Com um senso de superioridade cultural e racial arraigado, os alemães reduziram esses orgulhosos povos indígenas [hererós e namaquas] ao status de trabalhadores..." (pág. 412)

Veja as palavras: "ambição", "deturpada", "paternalista", "racismo", "superioridade cultural e racial"... você acha que essas palavras valem apenas para o colonialismo alemão? Eu não. No tópico sobre a fome em Bengala, que analisamos anteriormente, as palavras sobre as atitudes dos colonizadores ingleses são bem mais leves: "ignorância", "pouca solidariedade", "fardo extra"...

Além disso, o tópico começa dizendo que a Alemanha conquistou "uma presença formidável na África". MENTIRA!!! Quem tinha presença formidável na África eram os ingleses e os franceses, que possuíam muito mais colônias que os alemães. Basta você consultar um atlas do período para perceber que as colônias alemães eram isoladas e muito menos extensas e atrativas que as dos ingleses e franceses.

E ai de quem ousa contrariar os interesses ingleses. Vejamos o caso do Zimbábue, nação africana que foi colônia inglesa até 1980. O país está presente em dois tópicos: "Epidemia de Cólera no Zimbábue" (pág. 221) e "Hiperinflação no Zimbábue" (pág. 269).

O Zimbábue tornou-se independente tardiamente, só em 1980, 20 anos depois da maioria das demais colônias africanas. O país chamava-se Rodésia do Sul e possuía uma importante minoria branca, descendente dos ingleses, que controlava a economia do país. O líder da independência foi Robert Mugabe, que depois tornou-se presidente do país e, até hoje, mais de 40 anos depois, ainda o comanda com mão de ferro, sendo, de fato, um ditador.

Não quero defender um ditador da categoria de Mugabe, mas veja o que os autores acham dele:

"Em 2008, o povo do Zimbábue teve um raio de esperança a iluminar as negras décadas durante as quais Robert Mugabe e seus implacáveis comparsas haviam levado o país à falência..."

"Contudo, o terrível legado do catastrófico regime de Mugabe estava prestes a aumentar ainda mais o sofrimento da população empobrecida - o cólera (...) Serviços como o abastecimento de água limpa, o saneamento básico e a coleta de lixo haviam entrado em colapso com a má gestão do regime de Mugabe..."

"A ofensiva retórica antibritânica que o governo de Mugabe usou para justificar cada problema ocorrido em sua nação sitiada logo entrou em jogo quando a epidemia de cólera teve início..."

O livro diz que mais de 4200 mortes foram registradas na metade de 2009, e que esse número é provavelmente uma fração da tragédia.

Vejamos o tópico sobre a hiperinflação:

"Os riscos eram elevados, pois a terra fértil era ideal para o plantio de milho e tabaco, com fazendas de proprietários brancos produzindo safras excelentes. Mas a independência estava fadada ao fracasso..."

"As fazendas de dois mil fazendeiros brancos foram tomadas - a maior parte por membros da alta cúpula do governo [de Mugabe] (...) a produção agrícola implodiu, as exportações pararam, a atividade econômica entrou em estagnação e o país ficou sem moeda forte (...) Levara menos de 30 anos para que o regime corrupto de Mugabe destruísse a economia do Zimbábue e transformasse a próspera 'cesta de pães da África' em uma pilha de nervos".

De fato, o país entrou no fundo do poço a partir do fim dos anos 90. O que era a segunda ou terceira nação mais rica da África Subsaariana (atrás apenas da África do Sul e, talvez, Costa do Marfim) tornou-se um país que depende de ajuda internacional para alimentar sua população. Mas chama a atenção a quantidade de insultos desferidos contra o ditador em textos tão curtos.


O BRASIL E OS 501 DESASTRES

Nosso país está presente em três tópicos no livro. Em "Desastres de Saúde" há o "Acidente Nuclear de Goiânia", de 1987, em que 4 pessoas morreram diretamente por conta do contato com o lixo nuclear, e mais de 250 foram contaminadas. Trata-se de um desastre único porque o material radioativo foi abandonado sem qualquer cuidado num lixão, fazendo com que pessoas pegassem com as mãos "pedrinhas azuis brilhantes" e as levassem pra casa, sem se darem conta do perigo.

Em "Desastres Industriais", há o acidente com a plataforma P36 da Petrobrás, em 20 de março de 2001, em que 11 pessoas morreram. A plataforma de petróleo afundou, e lembro que, no dia do acidente, as ações da empresa caíram mais de 20%.

Por fim, o último tópico do último capítulo, respectivamente "Morte de Jean Charles de Menezes" e "Consequências Desastrosas", faz menção ao assassinato do brasileiro pela polícia londrina. Jean Charles foi confundindo com um terrorista e morto com vários e vários tiros em 2005. Mas, cá entre nós, foi uma fatalidade, e não um dos 501 desastres mais devastadores de todos os tempos.

O incêndio na boate kiss, ocorrida em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em janeiro de 2013, matou mais de 240 pessoas. Ele não consta no livro, cuja edição é de 2012, portanto antes da tragédia.


São Luís, 02 de março de 2014.


Mathias Nelson Faria dos Reis

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4 comentários

  1. No livro não consta os desastres naturais em Blumentau (2008) e Rio de Janeiro (2011), em virtude das chuvas?

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    1. Não, não consta. A meu ver, foram grandes desastres em escala regional e nacional, mas não em escala internacional

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  2. Obrigado por responder Mathias. É uma pena que não está incluído no livro. Embora ambos sejam de proporções catastróficas, entendo que o de Santa Catarina pode ser considerado em escala nacional.
    Mas ao menos os autores deveriam pontuar a tragédia no Rio de Janeiro, visto que a metrópole é uma CIDADE GLOBAL. Na ocorrência do desastre houve a morte de 900 pessoas.

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  3. Boa análise do livro, é bem isso mesmo. O título que é pretensioso demais.

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