Críticas-pílula: As Confissões de Schmidt
As
Confissões de Schmidt (About Schmidt). EUA, 2002. De Alexander Payne. Com Jack
Nicholson.
"Se você quer saber o que é um jogador de futebol, veja Pelé ou Romário em campo. Mas se quer saber o que é um grande ator, assista um filme com Jack Nicholson."
Jack Nicholson faz
Warren D. Schmidt, um norte-americano de 66 anos que se vê aposentado do cargo
de executivo de uma companhia de seguros. Casado há 42 anos e com a única filha
prestes a se casar, Schmidt passa a questionar o sentido da vida e as marcas
que deixou no mundo. É aí que adota à distância um garotinho africano.
O
diretor e roteirista Alexander Payne revela então um olhar um tanto malicioso,
porém carinhoso sobre a América e seus habitantes, alternando comédia e drama.
Ora é mordaz, ora afetuoso. "As Confissões..." é um filme de atores -
Jack Nicholson é brilhante - e personagens muito bem conduzido. O elenco ainda
inclui Hope Davis, Dermot Mulroney, Kathy Bates e June Squibb.
Preste
atenção na cena que se passa num fast food: as perguntas que a atendente faz a
Schmidt refletem a importância das decisões que ele precisa tomar depois de
aposentado.
É,
enfim, um filme muito inteligente, que vai fazer você rir e se emocionar.
O
personagem de Nicholson tem muito a ver com o interpretado por Bill Murray em
"Flores Partidas", obra-prima de Jim Jarmusch de 2005.
Cotação: êêêê (excelente)
Obs:
duas cenas me fizeram morrer de rir: quando Schmidt tenta dormir num colchão
d'água e quando a sogra de sua filha lhe dá comida na boca.
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