Crítica de filme - A 5ª Onda



A 5ª Onda (The Fifth Wave). EUA, 2016. De: J Blakeson. Com Chlöe Grace Moretz e Nick Robinson. 117 min.


Na primeira onda de ataque, alienígenas interferem no campo magnético da terra, retirando a eletricidade; na segunda, causam terremotos e maremotos; na terceira, uma epidemia devasta a humanidade; na quarta, alienígenas se infiltram entre as pessoas, assumindo sua forma. A quinta onda será a aniquilação final da espécie humana.





Parece um filme de ficção científica, recheado de ação e efeitos especiais. Mas não é. "A 5ª Onda" lembra muito mais o igualmente ruim "A Hospedeira", de 2013.

Enfim, se você foi à sessão baseado no cartaz, esperando um sci-fi com batalhas e efeitos especiais, fique sabendo: como eu, você se enganou.
                                                                            
A adolescente Cassie promete para sempre proteger seu irmão pequeno em meio ao caos alienígena. Eles porém separam-se: o pequeno segue num ônibus em direção a um acampamento militar, depois que estes vêm ao encontro aos civis.

O pieguismo da produção, que já era forte na típica família norte-americana sorriso-colgate de Cassie, logo impera depois de alguns minutos. Daí resulta em temas aborrecentes e aborrecidos: a paixão de uma jovem, crianças sendo colocadas para guerrear, a esperança humana frente à invasão alienígena, etc. Tudo profundo como um pires.

"A 5ª Onda" parece ter sido feito na medida para meninas adolescentes, para tocar seus corações sem mexer com a censura. Mesmo o sexo parece ser algo tão forte que é apenas sugerido no filme. Talvez esse público goste - melhor dizendo, parte dele - mas, no geral, seus 117 minutos soarão intermináveis.


Cotação: Ä (ruim)


Há algo do roteiro - um capacete, que permite identificar "os outros" entre os humanos - retirado de "Eles Vivem", de John Carpenter. Se há um mérito em "A 5ª Onda" é dar vontade de rever o filme do mestre.

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