Crítica de filme: Dungeons & Dragons 2 - O Poder Maior
Dungeons & Dragons 2 – O Poder Maior (Dungeons and Dragons: Wrath of the Dragon God). Alemanha
/ EUA / Reino Unido, 2005. De Gerry Lively. Com Bruce Payne, Mark Dymond e
Clemency Burton-Hill. Aventura / Fantasia. Grupo de heróis deve impedir vilão
que carrega artefato maligno. 105 min.
Filme tem o RPG na veia
Lich: eram grandes magos, até tornarem-se
mortos-vivos obcecados por poder arcano
|
“Dungeons
and Dragons 2 – O Poder Maior” foi o filme mais fiel ao RPG até então já feito.
O primeiro Dungeons and Dragons lançado para os cinemas, em 2000, teve um bom
orçamento e dois nomes conhecidos no elenco – Jeremy Irons e Marlon Wayans -,
porém levava mais o nome do jogo que uma história dele. A identidade não batia.
Explico.
Dungeons and Dragons é o mais famoso e mais vendido jogo de RPG do mundo, e
está em sua quinta versão. Resumindo bastante, mas bastante mesmo, numa partida
de D&D, os jogadores escolhem um tipo de personagem e se vêem às voltas com
magia e combates, num mundo de fantasia medieval. Agem como se estivessem num
mundo real; miniaturas representam os personagens, fichas suas características
e jogadas de dados determinam sucessos ou fracassos que vão acontecendo. Não é
um jogo de azar, pois não há apostas envolvidas, e os acontecimentos
determinados por jogadas de dados, apesar de sujeitas ao aleatório, seguem uma
probabilidade cuidadosa. Por exemplo, seu personagem quer derrubar uma porta
com sua força; ele tem 70% de chance de conseguir... quanto mais pontos de
força tiver, mais chances terá de sucesso.
E,
assim, em D&D, você cria um personagem com as características que preferir.
É aí que o filme mais transporta o universo do RPG para o cinema. Para
enfrentar Damodar, que controla um artefato capaz de invocar um Deus
Dragão maligno, o ex-capitão-da-guarda de Ismir forma uma equipe que tem uma
guerreira, um ladino, um clérigo e um mago – as principais classes do jogo.
Cada representante tem as chances de mostrar os talentos e habilidades da sua
classe. Além disso, o filme tem, para deleite dos jogadores-espectadores, um monstro elemental do fogo
invocado por magia e um lich.
Assim,
o ladino identifica e desarma armadilhas; a guerreira combate corpo a corpo; o
clérigo invoca o poder da sua fé para afastar mortos-vivos... chega a ser
excitante vê-los para quem é familiarizado com o RPG.
O
D&D de 2000 é uma aventura bem-feita, mas trivial; já o segundo segue “padrões
rpgísticos”, mas carece de produção. À medida que o filme segue a precariedade
da produção se faz notar mais. Os efeitos especiais são decepcionantes, assim
como as cenas de batalha. Uma pena, pois D&D 2, o filme, é um autêntico
RPG. Agora, é procurar assistir D&D 3.
Cotação:
0 comentários