Crítica de filme - O Exterminador do Futuro: Gênesis



O Exterminador do Futuro: Gênesis (Terminator Genisys). EUA, 2015. De Alan Taylor. Com Arnold Schwarzenegger, Emilia Clarke e Jay Courtney. Ação / Ficção científica. Numa outra linha temporal, Kyle Reese e Sarah Connor precisam impedir o plano da SkyNet de destruição. 119 min.


 




T1 e T2 são clássicos incontestes da ficção científica e da cultura pop – já escrevi sobre eles no texto sobre “Exterminador do Futuro 3 – A Rebelião das Máquinas”. T3 é fraquinho, mas perto deste aqui merece uma reavaliação para cima. Isso porque T5, que marca a volta de Schwarzenegger como exterminador após sua ausência em T4, é uma bagunça total.

Tantos “T” podem confundir, mas não tanto quanto a bagunça que é “Exterminador do Futuro: Gênesis”. O filme dirigido por Alan Taylor é adepto da zoeira: tem tantas idas e vindas no tempo e furos de lógica que qualquer tentativa de explicação soa desnecessária. O descompromisso da direção é óbvio, ainda mais se compararmos com o perfeccionismo de James Cameron.

Na verdade, percebi que o filme seria ruim logo no começo, numa luta entre o Exterminador de um Arnold Schwarzenegger velho – lançado anos antes para defender Sarah Connor criança – e o exterminador de um Arnold Schwarzenegger novo, de 1984, feito por computação gráfica de qualidade duvidosa. A ideia até que é boa, ver que um “terminator” envelhece, pois sua camada externa é feita de pele humana. Mas só isso não salva o filme de uma confusão cujos respingos contaminam até a idoneidade de John Connor. Fazer um destino, agir como herói sem contrapartida, sentir-se ameaçado e com medo, características dos dois primeiros filmes – e vá lá, um pouco do terceiro – sumiram. Com tanta zoeira, colocar de volta a franquia nos trilhos vira tarefa hercúlea.

Cotação:

Obs: um dos muitos furos no roteiro é quando no final o exterminador é destruído mas, sozinho, se reconfigura numa forma mais avançada. Posso estar errado, claro, ter “voado” nessa parte do filme, mas não entendi o como e o porquê.
 

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