Balanço dos filmes - agosto/2017



Filmes assistido em agosto de 2017

Monster – Desejo Assassino:
A Liga Extraordinária:
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas:
A Vida Durante a Guerra:
Invasão Zumbi:
Planeta dos Macacos: a Guerra:
Grave (Raw):
A Torre Negra:
Annabelle 2 – A Criação do Mal:
O Amor Custa Caro:


Balanço Geral:

No mês de agosto assisti dez filmes, um a menos que em julho. Se em julho não fui ao cinema, em agosto bati ponto quatro vezes. Com isso a gente percebe o quanto faz diferença ir ao cinema, o quanto é melhor, seja por sair de casa, pela tela grande, pelo som, pelo lanche, pela companhia, enfim. Cada pessoa tem seus motivos particulares para gostar ou não de ir ao cinema e, por mais que o serviço de streaming esteja em alta, ele não substitui uma boa sessão de cinema. Claro, há filmes que se saem melhor na telona do cinema que na telinha da TV, e vice-versa. Alguns não recebem boa recepção no lançamento, mas, depois, no conforto do lar, são redescobertos. Um exemplo desses que me vem à mente é Breakdown – Implacável Perseguição, thriller de 1997 com Kurt Russel, J. T. Walsh e Kathleen Quinlan. Já um dos destaques do mês, Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, é o típico filme pra ser apreciado no cinema e que perde muito na tela pequena. Ele é em 3D, usa e abusa de cores e invencionices visuais... coisas que perdem parte do encanto quando migram para a TV.

Valerian, dirigido pelo francês Luc Besson, me fez lembrar de outro grande filme seu, O Quinto Elemento, que está entre as melhores ficções científicas dos anos 90 e cujo tempo tem valorizado. Nossa, O Quinto Elemento, estrelado por Bruce Willis, Gary Oldman, Ian Holm e Milla Jovovich, já tem 20 anos! Pois é, estou ficando velho rsrs. Em termos de efeitos visuais Valerian me recordou a franquia – péssima, por sinal - Pequenos Espiões, de Robert Rodriguez. De parecidos, só o visual mesmo. Lembra também Avatar.

Valerian, ao contrário do que possa parecer, é um rapaz, agente espacial que tem como parceira Laureline. Os dois saem em missão no Mercado Universal e, a partir dessa missão, deparam-se com uma criaturinha única, um planeta que fora destruído e personagens muito esquisitos, de fazer inveja às criações de Star Wars. O filme investe mais na ação e no bom humor, tal qual O Quinto Elemento. O resultado é um bom entretenimento, mas que às vezes perde o ritmo.

Rihanna é uma das atrações do filme. Como escrevi na postagem em 15/08, sua personagem “bubble” é interessante, mas decorativa. Seu drama – ser uma criatura que pode assumir qualquer forma mas que, triste, não tem identidade própria – é mal explorado, talvez pelo fato da aparição ser rápida e desconectada da história principal.

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é o que há de mais novo em entretinemnto e recebeu a melhor cotação do mês junto com Monster – Desejo Assassino, de 2003. O filme baseia-se na história real de uma serial-killer norte-americana prostituta e lésbica. Ficou na memória, quatorze anos depois, por ter dado o Oscar de Melhor Atriz a Charlize Theron. Ela engordou, recebeu baita maquiagem e se enfeou para o papel. Sua interpretação é ótima e a premiação parece ter sido merecida. Essa foi, aliás, a única indicação ao Oscar que o filme recebeu.

A Torre Negra é interessante, bem legal, e tem um bom ritmo. Mas perto do livro, deve ser fraco, e certamente tem razão os que acusam de ser ruim. Stephen King, autor do romance, tem uma imaginação e criatividade enormes, e adaptá-lo não é fácil, ainda mais em se tratando de “A Torre Negra”, que pode ser considerada sua obra-prima e é uma saga de sete livros, cada um com umas quinhentas a mil páginas. É interessante notar que a matéria-prima do filme é riquíssima e, por pior que seja aproveitada, ainda renda coisa boa.

Por conta disso, recebe apenas duas estrelas. Mas o enredo tem potencial para quatro!

Invasão Zumbi e Grave são dois filmes de suspense e terror. O primeiro é sul-coreano. Não traz nada de novo para quem já é acostumado com apocalipses zumbis. Já Grave, também conhecido pelo título de “Raw”, é uma curiosa e diferente produção belgo-francesa de 2016. Conta a história de uma caloura do curso de veterinária que passa a ter afeição por carne humana quando entra na faculdade e, num trote, é obrigada a comer carne. Tem momentos de forte impacto visual e emotivo, é esquisitão e não é indicado para quem curte uma parada diferente. Tem momentos de embrulhar o estômago e nem um pouco sutis, em vários aspectos; mas em compensação é original e mostra com vigor aquilo que pretende. Boa parte da projeção se foca nos alunos do curso de uma prestigiada faculdade de veterinária. Daí fico me perguntando se, na França, realmente as universidades são como no filme, se há trotes pesados contra os calouros, se grande parte deles vive “vida louca”. Fiquei matutando se a estrutura universitária lá é de primeira, como a do filme. Porque, se assim for, é triste, muito triste a realidade de nossas UEMA e UFMA.

A maior decepção, sem dúvida, foi A Vida em Tempos de Guerra. Trata-se nada mais nada menos que uma continuação de Felicidade, obra-prima de Todd Solondz, de 1998. Felicidade é um dos mais contundentes retratos críticos da mediocridade do “american way of life”. Seus personagens tem toda uma incompatibilidade com a palavra “felicidade”. Por mais que tentem busca-la, mais se afastam, e o roteiro e direção de Todd Solondz são excelentes em criar um sonho para em seguida desfazê-lo, sutilmente ou não.

Na continuação de 2009 nada de interessante aos personagens foi acrescentado. Nada em suas vidas que não saísse do óbvio foi mostrado. A decepção foi grande.

Esperava mais de O Amor Custa Caro, o mais fraco filme dos irmãos Coen que até vi. Na história, George Clooney é um advogado especialista em divórcios de pessoas ricas que “mete o pau” para lascar com os outros. Num caso, o advogado põe no chão do tribunal uma pretendente a golpe do baú – Catherine Zeta-Jones -, que tentou abocanhar dinheiro de seu ex-marido rico, cliente dele. Mas, coisa do destino, os dois se reencontram e mais “cláusulas pré-nupciais” e “golpes do baú” vem por aí, num jogo de enganação e esperteza que nunca engata. Achei que a historinha do “rei dos divórcios” podia até render, mas fica sempre na caricatura. E a mise em scène é apenas mediana.

A Liga Extraordinária foi outra decepção, na medida em que pensava que poderia pelo menos me divertir com o filme. Ele é de 2003, e as críticas da época não foram ruins. Pelo que lembro, colocaram-no como um filme mediano, bem feito, com algumas mensagens legais nas entrelinhas, escondidas sob muita ação e efeitos especiais. Fazia tempos que queria assisti-lo e só agora o fiz. Pois então, o filme envelheceu rápido e mal, e hoje não vale nem pela atuação de Sean Connery.

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