É Apenas o Fim do Mundo
É Apenas o Fim do Mundo:
Xavier
Dolan, canadense de Québec, dirigiu É
Apenas o Fim do Mundo com apenas 27 anos de idade. Não é isso que
impressiona, e sim o seu currículo: esse é o sexto longa metragem que ele
escreve e dirige, fora aqueles em que atua.
Dele,
gostei muito de Amores Imaginários,
de 2010, no qual dois amigos – um rapaz e uma mulher – apaixonam-se pelo mesmo cara.
Foi o primeiro filme dele que assisti e logo o diretor subiu em conta, para
altíssimo patamar.
Daí
fui ver seu filme de estréia, Eu Matei
Minha Mãe, de 2009, lançado quando Xavier Dolan tinha 20 anos. Filme fraco
e irritante, cheio de diálogos, gritos e baixarias entre mãe e filho que não se
entendem. As brigas e discussões familiares retornariam em seu cinema com Mommy, que ganhou o prêmio do Júri em
Cannes em 2014, e neste É Apenas o Fim
do Mundo.
É
na zuada, nos bate-bocas e conflitos mal resolvidos que a história do rapaz que
volta à família após 12 anos com um anúncio importante a fazer, em que É Apenas o Fim do Mundo se concentra.
Parece um “Casos de Família” ou “João Kléber” metido a fino ou “cool”. O elenco
conta com três nomes de peso: Léa Seydoux como a irmã mais nova, Vicent Cassel
como o irmão mais velho grosseiro e Marion Cottilard como a cunhada. As duas
estão ótimas, mas Vincent Cassel super-interpreta e deixa seu personagem mais
insuportável do que já é.
Tom Na
Fazenda,
lançado após Amores Imaginários, me
agradou. É a incursão de Dolan no thriller que, se não gera algo marcante, é no
mínimo curioso e tem uma ótima abordagem sobre uma personalidade psicopata.
Falta ver Laurence Anyways, seu
terceiro filme, coisa que ficará em segundo plano, pois o diretor não permanece
mais no altíssimo patamar a que Amores
Imaginários o alçou. Dizem que os filmes de Xavier Dolan são muito oito ou
oitenta, e é verdade, e para mim, ele está mais próximo hoje do oito.
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